Marcelo Rebelo de Sousa, o vencedor das eleições presidenciais portuguesas de janeiro de 2016, com 52% dos votos, tomou posse esta quarta-feira, em Lisboa. O novo chefe de Estado luso prometeu ser o Presidente de “todos sem exceção”, do princípio ao fim do mandato. “Portugal é a razão de ser do compromisso solene que acabo de assumir”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
“É no quadro desta Constituição – que, como toda a obra humana, não é intocável, mas que exige para reponderação consensos alargados, que unam em vez de dividir – que temos, pela frente, tempos e desafios difíceis a superar”, continuou o Presidente português.
A vitória de Rebelo de Sousa, bem conhecido dos portugueses, em parte, graças à sua constante presença na televisão, insistiu em levar a cabo o que considerou uma campanha “independente” do partido político ao qual sempre estivera ligado, o PPD–PSD (centro direita, liberal-conservador), foi vista por muitos em Portugal como uma forma de apaziguar os ânimos, depois das legislativas de outubro de 2015.
Apesar da vitória da coligação de centro-direita composta pelo PPD–PSD e pelo CDS-PP (cristãos-democratas), o então Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho (PPD–PSD) teve de ceder o poder aos socialistas de António Costa, que formaram um governo minoritário, apoiado pelo Partido Comunista Português (PCP), pelo Partido Ecologistas “Os Verdes” (PEV), pelo Bloco de Esquerda (BE) e pelo Partido dos Animais e da Natureza (PAN). O objetivo do Primeiro-Ministro Costa era o de pôr fim a um ciclo de uma austeridade considerada sem precedentes em Portugal, imposta pela troika internacional para que fosse possível um resgate financeiro de 78 mil milhões de euros.