Cerca de R$ 1 milhão foi apreendido em buscas realizadas nesta sexta-feira (11.03) no apartamento de Willian Paulo Mischur, dono da empresa Consignum, de empréstimo consignado para servidores públicos, e investigado na segunda fase da operação Sodoma. Willian também foi preso preventivamente na operação deflagrada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), com as investigações conduzidas pela Delegacia Especializada de Crimes Contra a Administração Pública e Contra a Ordem Tributária (Defaz), da Polícia Judiciária Civil.
O empresário foi alvo de três mandados de buscas, um na empresa Consignum, outro em apartamento residencial localizado em um edifício no bairro Santa Rosa, e o terceiro em uma casa no condomínio Naútico Portal das Águas, no Manso.
O dinheiro será contado com auxílio de máquinas e depois depositado em conta judicial.
A operação Sodoma 2 cumpre nesta sexta-feira 21 ordens judiciais decretadas pela Vara Especializada Contra o Crime Organizado, sendo 11 mandados de busca e apreensão, cinco mandados de prisão preventiva e cinco mandados de condução coercitiva.
Os mandados de prisão foram cumpridos contra os ex-secretários Pedro Jamil Nadaf (Indústria e Comércio), Marcel Sousa de Cursi (Fazenda), César Roberto Zílio (Administração); Willian Paulo Mischur; e Karla Cecília de Oliveira Cintra, assessora direta de Pedro Nadaf, que na primeira fase da operação Sodoma teve decretada medida cautelar para uso de tornozeleira eletrônica.
Os ex-secretários de Indústria e Comércio e de Fazenda, Pedro Jamil Nadaf e Marcel Sousa de Cursi, respectivamente, estão presos desde a primeira fase da operação Sodoma, em setembro de 2015, no Centro de Custódia de Cuiabá.
A operação Sodoma 2 apura conduta dos membros da organização criminosa na utilização de recursos provenientes do pagamento de propina e lavagem de dinheiro. Os trabalhos são desdobramentos das investigações relacionadas à concessão fraudulenta de incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso, o Prodeic.
As investigações apuraram que parte dos cheques repassados como pagamento de propina a servidores públicos foram utilizados para aquisição de um imóvel localizado na Avenida Beira Rio, bairro Grande Terceiro, em Cuiabá. (Com assessoria)