Os números foram divulgados, esta semana, na sexta estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que apontou o aumento na área de produção, passando de 13,5 milhões de hectares para 13,6 milhões (+0,7%). Apesar disso, a produção por hectare sofreu recuo de 3,8 mil quilos para 3,7 mil.
Para soja, a Companhia projeta 27,9 milhões de toneladas, queda de 0,2% em relação às 28,1 milhões no último ciclo. Apesar disso a área de produção saltou de 8,9 milhões de hectares para 9,1 milhão. A produção por hectare no entanto, caiu de 3,1 mil quilos para 3 mil. “A Região Centro-Oeste, principal produtora da oleaginosa no país, confirmou o incremento de 3% em relação à safra passada. No Mato Grosso, maior produtor nacional, a maior incidência pluviométrica constatada, a partir de dezembro, certamente atenuou a crise, mas não reverteu a situação de algumas lavouras, havendo grande heterogeneidade de produtividade por hectare, não apenas entre municípios, como também em âmbito estadual. Trata-se realmente de um ano atípico, onde a janela de plantio foi prorrogada por conta da incomum estiagem, que perdurou até dezembro. Este fato interferiu no ciclo e no desenvolvimento da soja, contribuindo para o aparecimento de doenças, com relatos de incidência de mosca branca em vários municípios produtores.
Já para a produção de milho, a Conab estima 20,5 milhões de toneladas, queda de 0,8% em relação aos 20,7 milhões do ciclo anterior. A área de cultivo permaneceu em 3,4 milhões de hectares. Já a produção por hectare também caiu de 6 mil quilos para 5,9 mil. “Nesta temporada o clima ditará a magnitude da safra de milho segunda safra em todo o país, uma vez que o atraso no plantio da soja na Região Centro-Oeste já repercute na decisão de plantio do cereal. Em Mato Grosso, com a semeadura tardia da soja e o consequente atraso no plantio do milho segunda safra, toda a janela de desenvolvimento do milho poderá ser afetada, com o risco de que o período de estiagem se intensifique quando a lavoura ainda estiver necessitando de umidade para se desenvolver, prejudicando a produtividade”, consta.
Os números da produção brasileira de grãos da safra 2015/16, apontam um volume de 210,3 milhões de toneladas. A estimativa a 1,3% ou a 2,6 milhões de toneladas a mais em relação à safra 2014/15, que foi de 207,7 milhões.