O empresário Willians Paulo Mischur, preso na última sexta-feira (12) durante a segunda fase da Operação Sodoma, teve sua prisão preventiva revogada pela juíza titular da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, e solto na noite desta terça-feira (15). A liberação do empresário foi confirmada pela Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). Mischur foi liberado por colaborar com as investigações mesmo sem optar pela delação premiada.
O empresário, que é proprietário da empresa Consignum, é suspeito de fazer parte de um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo a compra de um terreno no valor de R$ 13 milhões, na Avenida Beira Rio, em Cuiabá. A empresa de Mischur atua no ramo de empréstimos consignados (desconto direto em folha) e tem como principais clientes o setor público.
No dia em que a Delegacia de Crimes Fazendários (Defaz) deflagrou a segunda fase da operação Sodoma, a Polícia Civil apreendeu aproximadamente R$ 1 milhão na casa do empresário. A Defaz revela que foram usados 35 cheques da Consignum, que somam R$ 1,2 milhão, na compra do terreno.
Operação Sodoma – A primeira fase da operação Sodoma foi deflagrada em setembro de 2015 e levou à prisão o ex-governador Silval Barbosa, e os ex-secretários Pedro Nadaf (Casa Civil) e Marcel de Cursi (Fazenda). Os ex-gestores, que ainda estão presos, são acusados de autorizar a concessão de incentivos fiscais por parte do Estado em troca de de propina. Já na segunda fase da operação, deflagrada na última sexta-feira (12), a investigação focou o crime de lavagem de dinheiro por meio da compra do terreno na Beira Rio. Nessa fase, foram cumpridos cinco mandados de condução coercitiva e cinco de prisão preventiva – sendo dois deles para os ex-secretários já presos. Foram presos ainda Willians Mischur, Karla Cintra, ex-secretária de Nadaf na Fecomércio e o ex-secretário de Administração do estado, César Zílio.