A possibilidade de que o milionário Donald Trump se torne presidente dos Estados Unidos representa uma ameaça em nível global, equiparável às consequências econômicas da ascensão do jihadismo, segundo um relatório da Economist Intelligence Unit (EUI).
Na última edição de seu estudo sobre as ameaças que afetam o mundo, o serviço de análises do prestigiado semanário britânico The Economist considera que a vitória do republicano representa uma ameaça em uma lista na qual o maior risco global é a queda súbita da economia chinesa.
Para justificar sua análise, a EUI se baseia no afastamento de Trump em relação à China e em sua proposta de proibir a entrada de muçulmanos nos Estados Unidos, que representaria “uma potente ferramenta de recrutamento para os grupos jihadistas”.
Os analistas também temem uma guerra comercial se Trump chegar à presidência. “Foi excepcionalmente hostil ao livre comércio, incluindo o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (TLCAN), e classificou várias vezes a China de ‘manipuladora de divisas'”, indica o documento.
A EUI o considera uma ameaça tão importante quanto as consequências econômicas da ascensão do grupo Estado Islâmico (EI), que pode colocar fim a cinco anos de crescimento dos mercados de divisas em Estados Unidos e Europa.
O informe também aponta outros riscos globais que considera menos graves, como a possibilidade de um conflito armado no Mar da China Meridional ou a saída do Reino Unido da União Europeia.