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Polícia indicia quatro jornalistas por extorsão

A Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), da Polícia Judiciária Civil (Defaz) indiciou quatro dos cinco jornalistas presos pela Polícia Civil no último dia 12, durante a Operação “Liberdade de Extorsão”. Os jornalistas Antônio Carlos Millas (Jornal Centro-Oeste Popular) de Oliveira, Max Feitosa Millas (Notícia Max), Maycon Feitosa Millas e Naedson Martins da Silva, todos do grupo Millas Comunicação,  foram indiciados pelos crimes de extorsão, violação de sigilo funcional e formação de organização criminosa.

Já o quatro elemento indiciado pela Polícia Civil é Naedson Martins da Silva, editor-chefe do Brasil Notícias, que tem sede em Brasília.

De acordo com a Defaz, os jornalistas agiam há anos extorquindo empresários e políticos. O grupo ameaçava publicar na imprensa informações comprometedoras obtidas ilegalmente com a conivência de servidores públicos.

Outras duas pessoas presas no dia 12 foram o também jornalista Antônio Peres Pacheco e o auditor fiscal da Prefeitura de Cuiabá Walmir Correa, mas eles não foram indiciados porque a Polícia Civil, até o momento, não constatou o cometimento de qualquer crime por parte deles. Por força das investigações, a Justiça havia expedido mandados de prisão temporária (por prazo de cinco dias) contra eles, que já foram liberados após prestar esclarecimentos que, segundo a Polícia Civil, auxiliaram a condução do inquérito concluído nesta segunda-feira.

Por sua vez, todos os indiciados foram alvos de mandados de prisão preventiva cumpridos no dia 12. Ao menos dois deles já obtiveram da Justiça decisões decretando a concessão de liberdade provisória, mas a Polícia Civil não informou se já houve expedição e cumprimento de alvarás de soltura.

Com inquérito concluído pela Polícia Civil, as vítimas do grupo eram coagidas a pagar quantias entre R$ 100 mil e R$ 300 mil. Para forçá-las, o grupo se utilizava de informações sigilosas, como indícios de irregularidades em contratos e casos de corrupção.

Parte das informações era obtida diretamente da base de dados da Prefeitura Municipal sobre a arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS). Os jornalistas conseguiam acessar o banco de dados por meio dos próprios computadores, usando login e senha de servidores públicos municipais. As investigações ainda devem continuar com base em informações de documentos apreendidos no dia 12 e outros crimes podem ser evidenciados.


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