As chances do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) de deixar a prisão está semana foram frustradas com a decisão da juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Arruda, que expediu nesta terça-feira (22) um novo mandado de prisão contra o peemedebista. A decisão da magistrada atendeu um pedido do Ministério Público Estadual (MPE) e é desdobramento da terceira fase da Operação Sodoma.
Na terceira fase da Sodoma, que está em segredo de Justiça, foram presos preventivamente o ex-secretário de Estado de Administração, Pedro Elias Domingos, sobrinho do ex-prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos (PR), e o ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), Silvio Cézar Correa de Araújo, que já estava usando tornozeleira eletrônica.
Nesta quarta-feira (23), a Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça retoma o julgamento de um habeas corpus referente à Operação Seven deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), há uns 20 dias. O HC já recebeu voto favorável do desembargador Luiz Ferreira da Silva, mas recebeu pedido de vistas dos desembargadores Gilberto Giraldelli e Juvenal Pereira da Silva. No entanto, mesmo que o recurso seja acatado pelo TJ o ex-governador não vai deixar a prisão em função do novo pedido de prisão.
Na Seven, Silval é suspeito de liderar um esquema que desviou R$ 7 milhões dos cofres públicos na compra de um terreno público.
Já na primeira fase da Sodoma foi investigado a cobrança de propina para concessão de incentivos fiscais. A denúncia levou para cadeia, Silval e os ex-secretários Pedro Nadaf e Marcel de Cursi. Na segunda fase da operação foi deflagrada no dia 11 de março e culminou na prisão do ex-secretário de Estado de Administração, César Zílio, suspeito de usar dinheiro de propina para comprar um terreno de R$ 13,5 milhões.
Silval e os ex-secretários de Estado Nadaf e Cursi estão presos há seis meses no Centro de Custódia de Cuiabá.