Preso há 12 dias na Operação Sodoma, o ex-secretário estadual de Administração César Zílio deixou a prisão na tarde desta quarta-feira (23) depois de prestar depoimento ao Ministério Público (MP). Zílio ficará em liberdade, mas terá que se submeter ao monitoramento com uso de tornozeleira eletrônica. Por ser advogado, o ex-secretário estava preso e uma unidade do Corpo de Bombeiros, em Cuiabá.
César Zílio foi preso por determinação da juíza Selma Rosane dos Santos Arruda, da Sétima Vara Criminal, suspeito de participar do esquema de fraudes fiscais e pagamento de propinas. O processo no qual a prisão de Zílio foi decretada tramita em sigilo judicial. NO entanto, a informação é que Zílio e apontado como responsável por lavar o dinheiro obtido por meio de propina e na compra de um terreno de 30 mil metros quadrados no valor de R$ 13 milhões. O terreno está localizado na Avenida Beira Rio, em Cuiabá.
Para isso, conforme as investigações, Zílio empregou cheques entregues a ele pelo ex-secretário Pedro Nadaf. Os cheques seriam do empresário João Batista Rosa, que teria sido extorquido pelo grupo supostamente liderado por Silval Barbosa. Ao menos 11 cheques assinados por ele teriam sido usados na aquisição do terreno, “diluindo” dinheiro de origem ilícita na transação.
Na primeira fase da Operação Sodoma, deflagrada em setembro de 2015, foram presos o ex-governador do Estado Silval Barbosa (PMDB) e os ex-secretários Pedro Nadaf (Casa Civil) e Marcel de Cursi (Fazenda). Os três ainda estão presos no Centro de Custódia de Cuiabá.
Foram alvos na terceira fase da Sodoma o ex-governador Silval Barbosa, seu ex-chefe de gabinete, Sílvio Cézar Corrêa Araújo, e o ex-secretário-adjunto de Administração, Pedro Elias Domingos de Mello, sobrinho do ex-prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos.