Érico Brás, humorista do “Zorra “, e a esposa, a atriz Kênia Maria, foram expulsos de um voo da Avianca na manhã desta quinta-feira, 31. Eles estavam em Salvador e viajariam para o Rio de Janeiro às 6h27m. O ator conta que a confusão começou quando Kênia tentou colocar a bolsa embaixo na poltrona da frente. Ele acredita que o episódio foi um caso de racismo.
– Eu e ela sentaríamos nas cadeiras do meio e no corredor. Um passageiro chegou para sentar na janela e nos levantamos. O avião estava cheio e o compartimento de bagagem lotado. Quando ela foi guardar a bolsa embaixo da cadeira, o que é um procedimento padrão, o próprio comandante, que é branco, veio e disse que não poderia ser ali. Foi extremamente grosseiro e mal educado.
Érico conta que a Polícia Federal foi acionada depois que um funcionário da empresa não conseguiu resolver a situação.
– Disse que não tinha motivo para sair do voo e eles me falaram que eu era uma ameaça. Não sou terrorista – conta Érico, acrescentando que outros oitos passageiros desembarcaram em solidariedade.
Ele irá processar a empresa:
– Me senti extremamente impotente. Infelizmente esse é o tipo de tratamento. As pessoas te olham por causa da sua cor. Registrei uma denúncia na Anac e vou acionar meus advogados quando chegar no Rio – diz ele, que ainda está no aeroporto de Salvador e perderá a gravação do “Zorra” que aconteceria às 11h no Projac.
Procurada, a Avianca diz que o “intuito da empresa é cumprir a pontualidade com todos os passageiros e ter a segurança do voo em primeiro lugar. Quando existe um tumulto, o procedimento no setor é acionar a Polícia Federal”.