"> TJ mantém ilegalidade da greve dos médicos de Cuiabá – CanalMT
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TJ mantém ilegalidade da greve dos médicos de Cuiabá

Da Redação

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) negou  por  12 votos a  7 o recurso do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) e manteve a ilegalidade da greve dos profissionais da rede pública de Cuiabá.  A decisão, que foi tomada durante sessão do Pleno na tarde desta quinta-feira (14), ainda prevê uma multa diária de R$ 70 mil caso a paralisação continue.

Já a diretoria do Sindimed informou que os profissionais vão manter a greve até que o mérito da matéria seja apreciado e votado pela Justiça. Do outro lado o secretário de Saúde de Cuiabá, Ary Soares Junior, lembra a disposição de retomar a negociação com a categoria, assim que os médicos retornarem ao trabalho. “Sempre tivemos dispostos a negociar com os médicos, mas pedimos que eles retornem ao trabalho, pois a paralisação piora o atendimento a sociedade. Eles [médicos] não estão prejudicando o prefeito Mauro Mendes e sim a população cuiabana”, disparou o secretário.

A votação do recurso do Sindimed gerou polêmica entre os desembargadores Guiomar Teodoro Borges, relator, e o revisor Luiz Carlos da Costa. Para Borges, a prefeitura cumpriu parte do acordo com a categoria em greve. Já o desembargador Luiz Carlos da Costa rebateu ao citar que o acordo firmado em 2012 com os médicos e reiterado em 2014 não foi cumprido integralmente e que, por isso, não haveria razões para a manutenção da liminar. “Vários acordos foram celebrados. Se constata a preocupação do agravante em melhorar as condições de trabalho dos profissionais. Mas veja como está o Pronto Socorro hoje”, frisou o revisor

A greve dos médicos começou no dia 7 de março e logo foi declarada ilegal pela Justiça. No dia 29 de março a Prefeitura de Cuiabá começou a cortar o ponto dos grevistas, mas mesmo assim a categoria não retrocedeu e continuou com o movimento.

Os médicos da rede pública de saúde de Cuiabá reivindicam melhores condições de trabalho, pagamento de horas extras e implantação do piso nacional dos médicos que é de R$ 12,9 mil por 20 horas semanais.

Em Cuiabá, o salário pago pela prefeitura é de R$ 3,8 mil, o que, segundo o sindicato, é o pior salário da categoria no Estado e tem afastado os interessados em prestar concurso público no município.

A categoria irá se reunir em assembleia geral na próxima segunda-feira (18) para decidir se encerra ou mantém a greve.


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