Dos seis estados que compõe Fórum de Governadores do Brasil, quatro estão judicializando as dívidas que possuem com união. Os governadores, Pedro Taques (PSDB), Marconi Perillo (GO), Rodrigo Rollemberg (DF), Confúcio Moura (RO), Marcelo Miranda (TO), e Reinaldo Azambuja (MS) se reuniram, em Cuiabá, pela segunda vez este ano para debater propostas fomentam o desenvolvimento econômico e social da região.
O governador Pedro Taques destacou que os chefes dos executivos discutiram na reunião privada o estoque da dívida com união. “Alguns estados já ajuizaram as ações em desfavor da união federal. Mato Grosso está ajuizando hoje, Goiás e Mato Grosso Sul ajuizaram na sexta-feira”.
Como o governador revelou, Mato Grosso ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira, com uma ação para obter liminar para realizar o pagamento de parcelas de suas dívidas com a União com base na correção por juros simples. “Os estados já pagaram muito ao governo Federal. A União não pode se tornar um agiota nacional em detrimento dos estados. Mato Grosso tem uma dívida de R$ 6,800 bilhões com a União Federal, sendo que 27% desta dívida está dolarizada”, disse Taques.
A dívida de Mato Grosso é de R$ 7 bilhões, valor referente a empréstimos contraídos com autarquias do governo Federal, como o BNDES e a Caixa Econômica Federal, para investimentos em obras da Copa do Mundo, além de outras dívidas contraídas pelas gestões anteriores.
O presidente do Fórum Brasil Central, governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) disse que muitos não conseguem pagar folha de pagamento dos servidores, por conta queda da arrecadação nos estados. “O que cabe aos estados é diminuir gastos. Uma das grandes fontes de desequilíbrio foi a dívida com união, agiotasse oficial”.
Para os governadores do Fórum Brasil Central, a instabilidade política do país tem contribuído para desequilíbrio nas contas estaduais. A expectativa, segundo os chefes dos executivos é que haja um desfecho político em Brasília, para que a economia volte a andar no país.
O governo do Estado iniciou uma série de visitas a chefes de Poderes em Mato Grosso para propor um pacto de enfrentamento à crise econômica nacional. Ministério Público Estadual, e Assembleia Legislativa foram os primeiros. Pedro Taques acredita que medida não deve gerar desgaste entre os poderes, “Nós estamos fazendo conversas previas com todos representantes. Porque a crise não é do executivo, a crise do estado brasileiro”.