Com o início do ano de 2016, aconteceu um fenômeno em Cuiabá, que foi o desaparecimento dos amarelinhos, e o povo nem percebeu, porque pouca ajuda dava para o contribuinte em forma de organização do trânsito, e aquele que não se faz presente, não é sentido a sua falta.
A grande crítica que vinha dos motoristas em forma de reclamações sobre os amarelinhos era principalmente, no seguinte:
a – que os agentes de trânsitos, vestidos de amarelo, ficavam escondidos nas sombras das árvores preenchendo talonário de multas;
b – que todas as vezes que os agentes de trânsitos, vestidos a caráter de amarelo, entravam em ação para controlar o trânsito, esporadicamente, em caso de pane no semáforo, ao invés de melhorar, conseguia piorar o fluxo do trânsito;
c – e que até passava o entendimento aos motoristas que esses ilustres servidores municipais poderiam estar sendo utilizados, não para educação de trânsito, mas para aumentar a receita do município.
Mas era só “achismo” sem comprovação, cabe aos vereadores fiscalizar e convocar o secretário para esclarecer junto a Câmara Municipal de Cuiabá. Mas, qual vereador?
Registro Eletrônico é o melhor sistema de aplicação de infrações, a forma fotográfica é mais precisa e eficaz, porque não tem qualquer tipo de emoção envolvida, totalmente impessoal.
O que se pode constatar é que o excesso de equipamentos instalados provocam engarrafamentos pontuais nos momentos de pico, pois os motoristas ao reduzirem a velocidade abruptamente, travam o fluxo normal. Já ouvimos nas reclamações dos motoristas, dizendo que o Prefeito transformou Cuiabá, na cidade da 3ª marcha, com excesso de equipamentos instalados, o trânsito ficou muito lento, e os motoristas não tem como passar para a 4ª, e nem pensar passar para a 5ª marcha, aumentando o consumo de combustível.
Neste ano, teremos eleições, e nos debates eleitorais, esse deverá ser um dos pontos importantes para ser “travado” apenas nos debates inteligentes e racionais sobre a Engenharia de Trânsito e Planejamento.
Com certeza, os candidatos irão apresentar projetos para destravar os pontos de estrangulamentos das vias de Cuiabá, e repensar em buscar receitas de outras maneiras, e se possível aliviar um pouco os bolsos dos motoristas, pelo menos um entre eles, deverá apresentar uma nova forma de gerenciamento do trânsito em Cuiabá.
Mas, na Avenida Rubens de Mendonça, no trecho entre o Supermercado Compor e o Shopping Pantanal,existe uma demonstração total de falta de planejamento e engenharia de trânsito.
Tenho certeza que o secretário e os seus agentes não passam por esse trecho nos horários das 8:00 às 14:00 e das 17:00 às 19:00, é um abandono total, é um descaso total com o trânsito.
Vamos pontuar algumas situações:
1 – existem dois pontos de ônibus em lugares muito próximos que poderia ser transformados em apenas um, pois estão a menos de mil metros entre ambos.
2 – um fica em frente do Supermercado e outro em frente do Shopping, travando o trânsito, porque os ônibus não entram totalmente no recuo para que os passageiros possam descer e subir em segurança e principalmente para não atrapalhar o fluxo normal da via lateral;
3 – o ponto de ônibus que fica em frente ao Supermercado, está totalmente mal colocado, pois quando estão em fila de dois ou mais ônibus, mesmo com o sinal fechado, eles ficam no meio da faixa de pedestre e travam a entrada dos veículos que vem do Bosque da Saúda/Terra Nova, numa total desorganização do fluxo de pedestre e veículos;
4 – os veículos que saem do Palácio ou da Sefaz não têm como adentrar a Av. Rubens de Mendonça, tem que ficar arriscando e contando com a ajuda dos condutores de veículos que param por educação, para possibilitar a entrada na pista, é uma loucura, pois os semáforos estão colocados em lugares errados. Foi instalados três, e um próximo da saída da Av. Hélio Ribeiro, que quase todos os dias está com defeito.
5 – a ausência da Secretaria de Trânsito fica constatada, pois a mesma colocou uma faixa da própria Prefeitura na Rua Projetada que passa entre a SEFAZ e o TRT, informando que aquela Rua teria seu trânsito interrompido no dia 20 de dezembro de 2015, e só para ver o abandono do trânsito, essa faixa ainda estava lá estendida, até o dia 30 de março de 2016, e um vendaval conseguiu arrebentar as suas cordas, e a faixa da Prefeitura ainda está lá até hoje caída ao chão, eu desci do meu carro e a enrolei numa arvore de piúva próxima da entre de veículo da Sefaz, para evitar acidentes, isso pode?
6 – nessa saída entre a Sefaz/TRT existiam duas pistas de passagem de pedestres, e o Secretário com a sua “fala mansa”, mandou pintar de preto, uma que ficava em frete da Sefaz mas as pessoas que estavam acostumadas a atravessar naquele lugar continuaram a arriscar suas vidas, e segue passando em cima da ex-faixa. E Prefeitura, pelo visto, não fez nenhuma pesquisa com as pessoas, perguntando qual o seria o melhor lugar? Mas, no meu entender, o correto mesmo, seria instalar uma passarela, pois o fluxo de pessoas é enorme, e com o excesso de arrecadação com as multas, essa fonte deveria ser destinadas para a construções de passarelas, principalmente na Av. Rubens de Mendonça, pessoas já morreram nessa avenida por falta de planejamento de trânsito.
Os equipamentos eletrônicos reduzem significativamente os números de acidentes e melhora o fluxo do trânsito (quando bem instalados), isso é indiscutível, visto que é impossível colocar em cada cruzamento e em cada avenida um Agente de Trânsito (amarelinho), ou seja, os motoristas irresponsáveis, sabendo que não há fiscalização, produzem todo tipos de infrações: fura sinal e ultrapassa o limite de velocidade. Esses transgressores das leis de trânsito, de um momento para outro, de um simples condutor de veículo, podem transformar-se em um criminoso do trânsito, mas a colocação de equipamento pela cidade inteira, com certeza não resolverá o problema do trânsito de Cuiabá.
WILSON CARLOS FUÁ é economista, especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.
wilsonfua@gmail.com