Um terremoto de magnitude 6.0 atingiu na noite de quinta-feira a costa do Equador, já vitimada na semana passada por um intenso tremor que matou 587 pessoas. Os terremotos secundários que ocorreram desde sábado afetam sobreviventes que sofrem pela falta de alimento, água e remédios em partes da região do desastre.
O sismo mais recente aconteceu cerca de 100 quilômetros a norte-noroeste de Portoviejo e a uma profundidade de 10 quilômetros, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, sigla em inglês). Não houve relatos imediatos de danos nem alerta de tsunami.
O terremoto avassalador de sábado, dia 16, atingiu a impressionante magnitude de 7.8. Desde então, o país vem sofrendo com tremores secundários. Só na noite de quinta e madrugada desta sexta-feira, além do abalo de 6.0, o USGS registrou outras cinco réplicas mais fracas.
“Estamos tentando sobreviver. Precisamos de comida”, disse à agência de notícias Reuters o advogado Galo Garcia, de 65 anos, enquanto esperava em uma fila para receber água de um caminhão em um vilarejo litorâneo do cantão de San Jacinto. “Não há nada nas lojas. Estamos comendo os vegetais que cultivamos”.
O governo socialista do presidente Rafael Correa, que enfrenta uma tarefa de reconstrução monumental em um momento de perda de arrecadação devido à queda no preço do petróleo no país-membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), disse não haver carência de suprimentos, só problemas na distribuição que devem ser resolvidos rapidamente.
Correa afirmou que o Equador irá aumentar alguns impostos temporariamente, oferecer ativos para venda e possivelmente emitir títulos no exterior para custear a reconstrução após o tremor do sábado. Ele estimou os danos entre 2 e 3 bilhões de dólares.