Preso na terceira etapa da Operação Sodoma deflagrada na manhã desta segunda-feira (25), o filho do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), o médico Rodrigo da Cunha Barbosa, é apontado pelo Ministério Público (MP) como um dos dois principais arrecadadores das propinas obtidas mediante o esquema de concessão fraudulenta de incentivos fiscais.
O filho de Silval Barbosa é um dos 17 denunciados com base na última fase de investigações, as quais basearam sua prisão preventiva decretada pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá. A participação de Rodrigo Barbosa foi revelada por seu amigo, o ex-secretário de Estado de Administração Pedro Elias, que foi preso na segunda etapa da operação.
Segundo o Ministério Público, Rodrigo Barbosa atuava com o seu pai e outros ex-secretários de Estado no esquema criminoso. Ao lado da família Barbosa, atuava também os ex-secretários Marcel de Cursi (Fazenda) e Pedro Nadaf (Casa Civil). Ambos foram presos na primeira fase da Operação Sodoma.
“Era seu representante direto, ardilosamente utilizado para dar mobilidade ao líder, que, por razões óbvias, tinha que ocultar sua identidade. Exercia dupla função na organização criminosa: como identificador de aliados, fonte de vantagem indevida (junto aos empresários/fornecedores) e arrecadador da parcela da vantagem ilícita que cabia ao líder, recebida pela organização. E, ainda, promovia a lavagem do dinheiro de origem criminosa no interesse do líder”, citação do trecho da denúncia do MP.
Mandado– Apenas Rodrigo Barbosa teve mandado de prisão decretado nesta fase da operação. Além dele foram denunciados o ex-governador Silval Barbosa, os ex-secretários Pedro Nadaf e Marcel de Cursi, o ex-chefe de gabinete Silvio César Corrêa Araújo, o ex-secretário adjunto de Administração José Nunes Cordeiro, o ex-procurador do estado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, os ex-secretários César Zílio e Pedro Elias, o ex-deputado estadual José Riva, a ex-secretária de Pedro Nadaf Karla Cintra, o ex-prefeito de Várzea Grande Walace Guimarães, quatro empresários e um advogado.
A quadrilha é suspeita de fraude a licitação, corrupção passiva, fraude processual, lavagem de dinheiro, extorsão e formação de organização criminosa.
Veja abaixo no vídeo abaixo o momento em em Ricardo Barbosa deixa a Delegacia Fazendária para ser levado ao Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).
Mais uma vitória contra a impunidade… espero que esses politicos tenham mais responsabilidade e honestidade com o dinheiro publico.