Em assembleia geral, na noite desta terça-feira (26), os médicos da rede pública de Cuiabá decidiram encerrar a greve que já dura 51 dias. A proposta da direção do Sindicado dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) era pela manutenção da paralisação, mas por 25 votos favor e seis contra os participantes da assembleia recusaram a proposta do sindicato.
A greve dos médicos de Cuiabá foi declarada ilegal pela Justiça e foi determinado o pagamento de uma multa diária no valor de R$ 70 mil. No entanto, o Sindimed optou em pagar a multa e não voltar ao trabalho.
A paralisação vem penalizando a população cuiabana, que não vem sendo atendida nas unidades de saúde da Capital. Diante do caos, o prefeito Mauro Mendes determinou o bloqueio dos salários dos profissionais em greve e ameaçou demitir uma vez que a ilegalidade da paralisação dava respaldo jurídico para a prefeitura tomar uma atitude extrema.
Dados da prefeitura de Cuiabá apontam que dos 720 médicos que atuam na rede municipal apenas 82 paralisaram suas atividades.
Reivindicação – Os médicos deflagraram a greve para reivindicar melhores condições de trabalho, pagamento de horas extras e implantação do piso nacional de R$ 12,9 mil por 20 horas semanais.
Coletiva – Com o objetivo de esclarecer os motivos que levaram os médicos de Cuiabá a suspender a greve na noite desta terça-feira, a presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso, Eliana Siqueira, concederá entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (27), às 9h, na sede da entidade.