A jornalista Léo Áquilla está contando nos dedos os dias que faltam para o esperado 8 de junho. Na data, ela vai se casar com o noivo, o instrutor de armas Chico Campadello, em uma cerimônia que vai reunir mais de 400 convidados em um buffet de São Paulo. Durante o ensaio para o grande dia – acompanhado pelo EGO -, ela falou que não vê a hora colocar seu vestido de noiva e trocar alianças com o amado.
“Os dias parecem intermináveis. Ter esse ensaio foi muito bom para ver que a data vai chegar, tudo está sendo feito. Fico imaginando como vai ficar meu coração no dia. Só de ver uma parte da decoração hoje já fiquei emocionadíssima”, diz ela, que fez questão de conferir todas lembranças e experimentar os doces que serão servidos no dia. “Tudo está sendo feito do jeito que sempre sonhamos, personalizado e de ótimo gosto. Cada detalhe passa por nós e fazemos questão de também compartilhar com os fãs nas redes sociais”, diz o noivo.
Casamento contra o preconceito
Léo, que é transexual e uma das mais famosas militantes do movimento LGBT do país, aposta que seu casamento com Chico, além de celebrar o amor dos dois, será um marco na luta pela diversidade no Brasil.
“É o primeiro casamento de uma transexual com tantas honras e pompas. É simbólico e muito importante na batalha contra o preconceito. E, pessoalmente, é a concretização de um sonho. Desde criança eu sempre falei como queria meu noivo e como seria a noiva. Eu esperei 45 anos por isso. Sou a prova viva de que lutar pelo que você quer vale a pena. Eu nasci menino, tinha tudo para não ter um casamento assim e não ser uma noiva tão rainha como vou ser”, diz ela, sob o olhar apaixonado do noivo. “Ela é um exemplo de mulher pra mim, sou muito orgulhoso por tê-la ao meu lado”, elogiou Chico.
Festão de R$ 400 mil
Como se não bastasse, o casamento – que terá como tema “rei e rainha” – promete chamar atenção pelo luxo. Segundo a própria noiva, o orçamento total passa de R$ 500 mil. Porém, o valor não saiu do bolso dos noivos. Tudo, da decoração ao chinelo de dedo para quem quiser se acabar na pista de dança, será fornecido gratuitamente por diversas empresas.
“Antes de fechar com cada fornecedor, eles foram até a minha casa me conhecer e conhecer o Chico. Não queria associar a minha imagem com empresas que pudessem não ser sérias, então fiz questão disso. Todas estão com ajuda pois acreditam na nossa história de amor”, diz ela. “Já recebemos algumas críticas de pessoas que acham que gastamos todo esse dinheiro, mas não é assim. Estamos trabalhando com empresas que estão cedendo os produtos, não o dinheiro. E, além disso, nós somos pessoas solidárias e que nos preocupamos sim em ajudar o próximo”, ressalta ele.