Um juiz federal mexicano autorizou nesta segunda-feira a extradição do traficante Joaquin “El Chapo” Guzmán para os Estados Unidos. Para que isso ocorra, porém, é preciso que o processo seja aprovado pelo Ministério das Relações Exteriores do México.
O juiz considerou que todos os requisitos legais exigidos no tratado de extradição entre o México e os Estados Unidos foram cumpridos, de acordo com um comunicado do Conselho da Justiça Federal divulgado nesta segunda-feira. O Ministério das Relações Exteriores mexicano tem agora vinte dias para determinar se concede a extradição. Em seguida, a defesa de Guzmán pode apresentar uma liminar para tentar barrar a decisão, o que atrasaria a transferência em semanas ou até meses.
“El Chapo”, considerado o chefão do cartel de Sinaloa, foi transferido neste sábado de uma prisão de segurança máxima próxima à Cidade do México para outra prisão federal, perto da fronteira com o Texas. O governo mexicano informou que a mudança não faz parte do processo de extradição, mas aconteceu devido a obras que serão realizadas no primeiro centro de detenção.
O advogado de Guzmán, José Refugio Rodriguez, disse à agência Associated Press que tentará evitar a extradição. A transferência de “El Chapo” para os Estados Unidos visa uma segurança maior, já que o traficante fugiu duas vezes das prisões de segurança máxima do México. Na primeira vez, em 2001, ele permaneceu dez anos foragido. Em 2015, um ano depois de ter sido recapturado, escapou de novo e foi preso em janeiro de 2016.