O desembargador Alberto Ferreira de Souza indeferiu o habeas corpus e manteve preso o ex-secretário adjunto de Administração, José Nunes Cordeiro. O coronel da Polícia Militar foi preso pela segunda vez no último dia 22 de março na terceira fase da Operação Sodoma.
Cordeiro é considero o “braço armando” da organização criminosa liderada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que também está preso. A quadrilha cobrava propina de empresários que prestavam serviços para o Estado e para conceder incentivos fiscais.
Segundo denúncia, o empresário Williams Mischur, proprietário de uma empresa que atua na consignação de empréstimo aos servidores públicos, pagava propina mensal de R$ 500 mil ao grupo de Silval. O empresário chegou a ser ameaçado por Cordeiro ao se negar pagar mais R$ 30 mil de propina.
No pedido de habeas corpus, a defesa do ex-secretário adjunto alega que a juíza Selma Rosane de Arruda, titular da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, limitou a reproduzir os “frágeis argumentos” contidos na investigação ao decretar a prisão do ex-assessor de Silval Barbosa.
Conforme a advogada, não haveria elementos concretos para justificar o decreto prisional, nem provas da participação do coronel nos fatos denunciados.