Elke Maravilha já chegou a dizer, em entrevista a uma revista de celebridades, que “Silvio Santos é a pior pessoa” que conhecia. Dez anos depois, ela retornou à emissora do apresentador, só que desta vez para ser sabatinada no programa de Raul Gil. E foi lá que Elke, aos 71 anos, abriu o jogo sobre tudo. A começar pelos seus casamentos, sempre marcados pelo carimbo de amores livres. “Minha vida não é dirigida pelo meu cérebro. É pelo meu coração, pelo meu sentimento. Fui casada oito vezes. O homem não é uma propriedade minha. Não é uma coisa, é um ser humano”, disse. E também sobre a ausência de filhos nessas mais de sete décadas de existência. “Tenho muitos arrependimentos. Deveria ser melhor em algumas situações e piores em outras. Só evoluindo é que viramos alguém nessa vida. Fiz um aborto pois não saberia educar uma criança. Nunca pensei, só agi. Eu ia fazer um monstro. Ser bonzinho com a criança é o pior caminho”, falou, emendando: “Nessa educação hipócrita que temos, não conseguimos ser tão bons nem tão maus. Não conseguimos ser nada”.
Sabatinada por Thammy Miranda, Ciça Camargo, Sheila Mello e Antônia Fontenelle, Elke também disse que gosta “de ser provocada” porque “só assim que a gente cresce”. “O cérebro traz memórias horríveis, traz magoas, raiva e ódio. Meu pai me provocava bastante”. Falando em paternidade, aliás, era essa, mais ou menos, a relação que ela tinha com Chacrinha, que nos deixou em 1988. “Painho era a melhor pessoa do mundo. Era um gênio. Era uma pessoa boníssima, libertaria e libertadora. Ele não tinha preconceito com nada”, lembrou. Fazendo questão de dizer que sua “proposta nunca foi ser rica” e que, na real, quer “ser rica de sabedoria”, Elke Maravilha ainda confessou: “Eu gosto quando me chamam de má, de bruxa. Eu mostro o que sou, eu não disfarço nada”. Palavras de quem também disse ter saudade do futuro porque “passado foi” e ela não quer voltar para ele. Por fim, ela ainda soltou: “Meu maior defeito é ser preguiçosa e minha maior virtude também”.