A Justiça negou o pedido do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), os ex-secretários Eder Moraes e Marcel de Cursi e mais 15 presos para instalação de ar condicionado nas celas do Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). A decisão foi do juiz da Geraldo Fidélis, da Vara de Execuções Penais, que argumentou, com base em informações da direção do CCC, que os aparelhos podem causar riscos a segurança da unidade e solicitou a instalação no prazo de 30 dias de exaustores de ar para amenizar o calor.
Na solicitação, os “ilustres” detentos pediram o benefício e se comprometeram a comprar os aparelhos de ar condicionados. Segundo a defesa dos 18 presos, isso daria mais “dignidade” na prisão.
Ao citar que o Centro de Custódia tem 23 vagas, mas possui 30 presos, o juiz Geraldo Fidélis fez uma comparação com outras unidades prisionais como a Penitenciária Central (Pascoal Ramos) que tem 810 vagas, mas atualmente recebe 2,1 mil presos. Portanto, o CCC está em uma situação mais confortável que as outras unidades que também não possuem ar condicionados. O magistrado também citou outros prédios púbicos que também não possuem ar condicionados e são prioridades, como escolas e unidades de saúde.
Para finalizar, Geraldo Fidélis comparou a mordomia solicitada pelos presos do Centro de Custódia com o presídio de La Catebral, na Colômbia. O presídio, que mais se parecia com uma mansão, foi construído para abrigar o traficante Pablo Escobar.