Gente de Atitude.
Na foto, o patologista Rubens Carlos de Oliveira Jr. O novo presidente da Unimed Cuiabá.
Beleza Faz Bem: Emagrecer sem renunciar ao prazer, é possível?
Não há alimentos bons ou ruins. O grande segredo é evitar o excesso e apreender a controlar os impulsos ancestrais relacionados com a comida. A chave do sucesso está em regular as porções criando pontes entre a alimentação e o prazer. A fome não deve ser nunca um tratamento.
“Segunda feira começo”. Quantas vezes você falou ou escutou essa frase? Em sua enunciação essa promessa já diz tudo: devemos nos despedir de tudo, afinal; a partir dessa hipotética segunda-feira não se consumirá nada do que antes podia. Nunca mais o que gostamos, aquele chocolate, o churrasco com os amigos, o famoso macarrão da vovó, o vinho. Portanto comer já não será mais por prazer, senão um exercício intelectual. Aquilo que tanto gostamos passa a ser proibido: um pecado mortal.
Segundo a especialista em nutrição a Dra. Monica Kats graças a estas ortodoxias nutricionais própria do século XXI, a maioria das pessoas vivem em um mundo de dietas furadas. De tanta dieta de fome, temos transformado o hábito de comer em um ato ilícito. Segundo ela, é importante ter consciência de que não existem alimentos bons ou ruins. Ela ressalta que o segredo são as porções e evitar os excessos.
Existem evidências que proibir gera maior desejo e descontrole. Por que teria que servir, então, uma dieta restritiva? A impossibilidade de ingerir coisas doces ou um determinado alimente só funcionará como um bumerangue. E resultará no tão indesejado efeito sanfona segundo a Dra. Monica. Dois meses, três, seis, um ano de abstinência? O tempo será tão longo quanto a sua força de motivação. Chegará um momento em que a tentação vence. O problema é a sobrecarga cognitiva que implica controlar o volume da ingestão de alimentos.
Para isso devemos analisar o “sistema de recompensa”. Este consiste em uma série de estruturas cerebrais que nos permitem estabelecer prioridades e tomar decisões favoráveis (ou não). Como funciona? A comida dispara um pico de dopamina. Este hormônio prevê uma onda de bem estar. É assim que nos dirige a buscar aquilo que promete nos dar prazer. Pode ser uma bebida gelada em um dia ensolarado ou um bom prato de comida.
Quando vemos alimentos saborosos evocamos o prazer que experimentamos no passado. Mas é claro que podemos ser capazes de exercer controle sobre nossos impulsos. Porém, conforme a Dra. Monica, sempre será mais fácil se desenhamos inteligentemente dispositivos de compromisso: comidas em um único prato (sem repetir), e estabelecer porções pequenas. Todos podem aprender a ter o controle mediante técnicas ou, nos casos mais severos, por médio de fármacos.
Você sabia? Na química do amor, o olfato joga um papel chave
Nem sempre surge da mesma forma: as vezes ocorre de forma intempestiva e só em ver a pessoa, o coração bate mais rápido e nosso rosto fica vermelho. Porém, em outros casos, tudo acontece de forma mais lenta, inclusive pode levar anos. O certo é que a ciência atua como cupido no processo de encantamento e começo de uma relação a dois. Trata-se de um processo de química cerebral no qual o olfato, mais do que a visão (acredite ou não), tem um papel predominante. São muitos os estudos que tem explorado como este sentido influencia na forma que um ser humano se sente atraído por outro.
Mark Kristal, neuropsicólogo da Universidade de Buffalo (EE. UU.) e especialista na chamada “química do amor”, acredita que este processo é más complexo do que se possa imaginar. “Nos humanos, os casais se escolhem em termos de bases sensoriais, tanto auditivas como visuais e olfativas. Neste sentido, as olfativas são as que primeiro se notam, mesmo que a pessoa acredite que não pode cheirar a outra pessoa e pense que tudo foi visual. O olfato se aguça com o passar do tempo e a relação se torna mais sólida, segundo Kristal.
Uma das razões pelas quais o olfato é tão poderoso é por causa dos feromônios, hormônios relacionadas com a atração e o prazer, facilmente detectados pelo nariz.“As hormônios são imperceptíveis, possivelmente nem sequer tenham cheiro, porém chegam ao nosso cérebro por meio do sistema olfativo. Ativam-se principalmente na atração sexual, medo, perigo e alarme”, conforme Kristal. O poder do olfato cresce conforme o contato é mais intimo. Por isso, muitas pessoas podem estar diante de um grupo de camisetas e reconhecer a do seu parceiro pelo seu cheiro.