O governador Pedro Taques (PSDB) se reúne na manhã desta quarta-feira (1), em Brasília, com o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) antes da reunião extraordinária do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que tem como pauta a renegociação da dívida dos estados. O resultado da reunião pode alterar a proposta que o governo de Mato Grosso apresentou aos servidores públicos para pagamento do RGA (Revisão Geral Anual). O novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles também participa da reunião.
Diante da crise econômica, o governo apresentou a proposta de pagar 5% do RGA dividido em duas parcelas, sendo a última em janeiro de 2017. Os servidores não aceitaram a proposta e entraram em greve geral ontem (31). O Fórum Sindical que representa mais de 30 sindicatos de categorias de servidores cobra o pagamento imediato dos 11,28% das perdas inflacionárias.
Taques vai tentar com o presidente Michel Temer buscar uma saída para crise financeira que Mato Grosso atravessa. Uma das alternativas é renegociar a dívida do estado com uma moratória de alguns meses até que a econômica volte a crescer. Além disso, o governador vai cobrar a liberação imediata de recursos do governo federal para Mato Grosso.
A bancada de Mato Grosso no Congresso Nacional também participa da reunião no Palácio do Planalto.
RGA – Dos 27 estados apenas dois estão discutindo pagamento de RGA: Mato Grosso e Paraná. Os demais já descartaram o pagamento neste momento. Segundo o secretário de Fazenda do Estado, Paulo Bustolin, o país atravessa a maior crise dos últimos 20 anos, tem hoje mais de 11 milhões de desempregados. Ele lembrou ainda que a renda média do brasileiro caiu 4% nos primeiros quatro meses de 2016. Já Mato Grosso registrou queda de R$ 110 milhões nas transferências de recursos da União no mesmo período.
Conforme Paulo Brustolin, a proposta de pagamento do RGA apresentada pelo governo, de 5% no total, sendo 2% na folha de pagamento de setembro e 3% no mês de janeiro, representaria um esforço fiscal de R$ 600 milhões. Porém, os sindicalistas não aceitaram e apresentaram contraproposta de pagamento total de 11,28% parcelado em quantas vezes fossem necessárias, desde que a última parcela figurasse ainda em 2016, e com retroatividade para maio. “A proposta que fizemos estava dentro da nossa realidade”, pontuou Brustolin.
Nesta quinta-feira (2), o governo volta a se reunir com o Fórum Sindical para apresentar uma nova proposta e pagamento do RGA e assim colocar um fim na greve dos servidores. A reunião será às 16h, no auditório da Secretaria de Estado de Gestão (Seges), no Centro Político e Administrativo, em Cuiabá.
Não precisa perder tempo viajando, governador.
Tem telefone.
Liga pro Blairo Maggi pagar imposto.
Faz vinte anos que ele não paga!