Depois de tentar negociar com os servidores públicos o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA), o governo do Estado recorreu ao Tribunal de Justiça (TJ) para tentar caracterizar como ilegal a greve nas áreas de segurança pública, saúde e Departamento Estadual de Trânsito (Detran). A ação foi impetrada no último dia 31 de maio e será analisada pelo desembargador Marcos Machado.
Caso consiga barrar greve na Justiça e os sindicatos descumprirem, o governo também pede o pagamento de multa de R$ 100 mil por dia de descumprimento da eventual decisão.
Sem chegar ao um acordo com os quase 100 mil servidores estaduais, o governo tenta suspender a greve em setores essenciais também em função do desgaste política que a paralisação pode causar junto a sociedade. Por enquanto, o governador Pedro Taques (PSDB) mantém a popularidade em alta apesar da campanha que os servidores públicos vem fazendo contra a atual gestão.
Impasse – Em reunião com o Fórum Sindical nesta quinta-feira (2), o governo de Mato Grosso apresentou nova proposta de pagamento do Reajuste Anual Geral (RGA) aos servidores públicos. Considerando a crise econômica que afeta o país e o Estado, o governo propôs recomposição de 6%, sem retroatividade, em três parcelas: 2% em setembro, 2% em janeiro de 2017 e 2% em março de 2017. No entanto, as 32 categorias que compõem o Fórum rejeitaram a proposta e exigem o pagamento integral das perdas inflacionárias de 11.28% para colocar um fim na greve geral que completa quatro dias nesta sexta-feira (3). A proposta anterior oferecida pelo governo era de pagamento de 2% em setembro e 3% em janeiro.