O governador Pedro Taques (PSDB) disse que busca uma alternativa para pagar uma porcentagem maior do RGA (Reajuste Geral Anual), mas voltou a alertar que se o Estado pagar os 11,28% do RGA não será possível manter o pagamento dos salários em dia.
“Não existe condições financeiras de mudar a proposta de 6% parcelada. Se tivermos aumento da receita, se a União renegociar a dívida de Mato Grosso e se o setor produtivo nos ajudar podemos pagar o RGA. A pergunta que faço aos servidores vocês preferem salário em dia ou parcelado em três vezes? A culpa de tudo isso não é minha e sim da crise econômica”, disse o governador durante entrevista ao programa Resumo do Dia (TV Rondon) na noite desta segunda-feira (6). Ele também ressaltou que a folha de pagamento do Executivo aumento 12% em 2014 e a receita apenas 6%.
Apesar da Justiça declarar ilegal a greve de algumas categorias, os servidores públicos mantém a paralisação geral desde o dia 31 de maio.
Já sobre a polêmica envolvendo a proposta de redução do duodécimo em 15% dos Poderes, o governador disse que ainda está discutindo uma saída que não prejudique nenhuma das partes. Ele também citou que o orçamento anual de R$ 380 milhões da Assembleia Legislativa é maior do que o município de Várzea Grande. “Todos precisam ajudar o Estado a superar essa crise, mas vivemos em uma democracia e não vamos impor nada aos outros Poderes”.
Para reduzir os gastos da administração estadual, Taques garantiu que fará o tarefa de casa ao implementar a terceira etapa da reforma administrativa. A extinção de secretarias, órgãos públicos e cargos comissionados estão previstas na reforma. “Será uma reforma mais forte do muitos esperam”, frisou. Questionado sobre quais secretarias serão extintas, o tucano disse que prefere não antecipar em função da não conclusão do estudo que a equipe de governo está elaborando.