Diante da pressão dos servidores públicos estaduais, em greve desde o dia 31 de maio, e a declaração do secretário interino de Planejamento, José Bussiki, de que a Assembleia Legislativa foi a responsável por não incluir na Lei Orçamentária Anual (LOA) o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA), podem levar os deputados a convocarem três secretários do governo Pedro Taques (PSDB). Os secretários Bussiki, Júlio Modesto (Gestão) e Paulo Brustolin (Fazenda) serão convocados para explicar a situação financeira do Estado e o RGA. A convocação foi aprovada na sessão vespertina desta terça-feira (7).
“A convocação dos secretários terão que explicar os motivos que levaram o governo não inserirem na Lei orçamentária Anual (LOA) o pagamento do RGA. Vamos colocar tudo em pratos limpos”, disse o deputado Emanuel Pinheiro (PMDB), que é o autor do requerimento pedindo a convocação dos secretários.
Na mesma sessão a bancada do PMDB também apresentou um requerimento convocando os três secretários para prestarem esclarecimento à Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária Planejamento sobre o porquê da RGA não constar da LOA.
“Tenho a certeza que ninguém quer estar em greve, mas as pessoas precisam do mínimo para trabalhar, é por isso que a minha defesa com relação ao servidor público, é também pela dignidade e um salário justo. Agora recebemos com surpresa os secretários colocarem a culpa pela não previsão da RGA, na Assembleia Legislativa e nos deputados, a culpa do não planejamento e da falta responsabilidade para com o Executivo. Tenho ouvido muitas conversas e começo a crer que o governo tenha feito isso de propósito porque tem interesse de terceirizar diversos setores”, comentou a deputada Janaina Riva (PMDB).
Durante a sessão, centenas de servidores públicos tomaram conta das galerias da Assembleia Legislativa e pediram o pagamento integral do RGA. Nesta quarta-feira, os servidores voltam a protestar na Casa de Leis.
Apesar da Justiça declarar ilegal a greve dos servidores da Saúde e do Meio Ambiente, o Fórum Sindical, que representa 32 sindicatos de servidores públicos, informou que os sindicatos só vão se manifestar quando forem notificados.