Mpho Boadia, de 36 anos, é uma mulher que ficou “com o rosto podre” e teve que lutar pela vida depois de sofrer uma reação alérgica severa apenas algumas semanas após começar um tratamento com antidepressivos.
Ela recebeu a prescrição de seu médico com o objetivo de ajudar a tratar sua depressão e estresse pós-traumático que sofreu após a morte repentina de um amigo.
No entanto, apenas algumas semanas depois de iniciar o tratamento, ela passou a apresentar feridas por todo o corpo.
Em um primeiro momento, os médicos acreditavam que ela estava com catapora, mas conforme as feridas ficaram piores, ela foi levada para a UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). Lá, foi diagnosticada com síndrome de Stevens Johnson — uma condição rara em que o sistema imunológico reage a um “gatilho”, como uma infecção leve ou um medicamento.
Potencialmente fatal, a síndrome faz com que a pessoa desenvolva bolhas no corpo, descamação na pele e nas superfícies dos olhos, boca e garganta.
Segundo Boadia, os sintomas foram tão intensos que “pedaços de carne caíam para fora” de seu corpo toda vez que ela assoava o nariz. Levada para receber cuidados intensivos no Hospital Klerksdorp, foi colocada sob anestesia geral e teve seu corpo inteiro raspado.
“Foi como se eu tivesse sido queimada com um ferro. As bolhas foram se espalhando sobre mim, foi emocionalmente e fisicamente difícil”, comentou.
Para a surpresa de todos, depois de algumas semanas, ela começou a se recuperar e, um mês depois, Boadia recebeu alta do hospital. “Ninguém poderia ter previsto que isso poderia ter acontecido comigo. Mas, de certa forma, estou feliz porque aconteceu. Isso me fez uma pessoa melhor”, relatou sorridente.