A Genius Publicidade, desclassificada na reta final do processo licitatório que escolheu cinco agências para cuidar da comunicação do governo estadual, nega, em nota, prática de plágio, embora tenha sido esta uma das razões apresentadas pela comissão de licitação para eliminação.
Segue nota na íntegra:
Genius, que foi fundada em 1980, que foi a primeira agência de Mato Grosso filiada ao CENP, órgão que assegura as boas práticas comerciais entre anunciantes, agências e veículos de comunicação no Brasil, que é a mais premiada do mercado mato-grossense e que sempre norteou suas ações pela ética e profissionalismo, gostaria de esclarecer alguns fatos abordados por este veículo, em matéria publicada na data de 16/06/2016.A matéria traz a público uma discussão muito importante e que é de interesse de toda a sociedade, já que diz respeito à escolha das agências que vão cuidar da comunicação do governo do Estado pelos próximos anos.Primeiramente, a Genius gostaria de deixar claro que é contra todo tipo de plágio ou ação que fira o direito à propriedade ou autoria de uma criação, seja ela artística ou publicitária.A arte, é sabido, sempre foi muito utilizada na publicidade como forma de inspiração para comunicar um pensamento ou uma ideia. É o que chamamos de intertextualidade, quando são usados elementos de algo que já existe, seja uma obra de arte, uma fotografia ou uma poesia, para dar origem a uma nova criação. Na linguagem dos publicitários esta prática é chamada de referência.O plano de comunicação da Genius, devidamente apresentado e defendido na licitação, deixa isso bem claro, inclusive citando o nome do artista que serviu de inspiração para a criação das peças gráficas. O recurso visual criado pelo artista Khristian Mendoza é referência para muitos trabalhos na arte e na publicidade. Ou seja, tanto a Mercedes quanto outros anunciantes já utilizaram o recurso em suas comunicações e nem por isso foram considerados plágios, afinal, apesar de compartilharem o mesmo recurso visual, possuem conceitos e propósitos diferentes. É o caso das peças comparadas, de maneira superficial, pela comissão julgadora da licitação. Tanto a peça da Mercedes quanto a peça criada pela Genius utilizam o mesmo recurso visual (transparência, profundidade, ponto de fuga), mas com propósitos e mensagens completamente diferentes, pois a peça da Genius fala em transparência e a da Mercedes promove reflexo/espelho.O que mais chama a atenção para a desclassificação da Genius é que ela ocorreu após os prazos estipulados para as agências entrarem com recursos. A comissão aceitou uma denúncia anônima de uma fonte sem qualquer credibilidade – um perfil de facebook pirata – e sem dar à Genius o direto à ampla defesa garantido pelo artigo 5º constituição:Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;Ou seja, trata-se de uma decisão arbitrária e que põe em risco toda a lisura do processo.Outro fato preocupante aconteceu após a Genius ingressar como uma ação na justiça alegando o descumprimento da lei. A pedido do juiz, o governo teve dez dias úteis para responder por que desclassificou a Genius sem lhe dar o direito de defesa. Nenhuma resposta foi concedida.Para tornar o certame ainda mais nebuloso, o recurso legítimo requisitado pela Genius, que apontava plágios e irregularidades em outras campanhas participantes da licitação foi desconsiderado. Separamos alguns exemplos de peças que estão entre as classificadas na licitação e utilizam recursos visuais semelhantes a outras campanhas já existentes.Finalizando, o mínimo que a comissão deveria fazer seria reavaliar a decisão ou desclassificar todas as agências que supostamente cometeram irregularidades. Assim não teríamos dois pesos e duas medidas, todas seriam penalizadas da mesma forma e o processo ganharia lisura, garantindo a transparência que tanto é defendida pelo atual governo.Mais uma vez, a Genius reafirma seu compromisso como agência, trabalhando com ética e responsabilidade para construir cases de sucesso ao lado dos seus clientes. Esta foi e sempre será a tônica do nosso trabalho.
Os exemplos de plágio e irregularidades de outras agências citados acima referem-se a campanhas das agências FCS e ZF.
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