Ao garantir que as negociações com os servidores públicos em greve estão abertas, o governador Pedro Taques (PSDB) criticou o radicalismo do movimento grevista e garantiu que não vai tolerar “violência e baderna”. “Olha o que fizeram com a servidora que queria trabalhar na porta da Secretaria de Fazenda. O direito de ir ao trabalho é constitucional como o direito a greve. Impedir alguém de trabalhar é crime. Não vamos tolerar os atos de violência por parte dos servidores que querem fazer baderna”, declarou o governador na manhã desta segunda-feira (20).
Na última sexta-feira, uma servidora foi impedida de entrar na Secretaria de Fazenda e seu carro foi atacado por manifestantes. Nesta segunda, os servidores mantiveram os protestos e prometem radicalizar manhã ao programarem a lavagem simbólica da Casa Civil. Hoje eles fizeram a lavagem do prédio da Secretaria de Estado de Educação alegando que estavam varrendo a corrupção da pasta em referência a Operação Rêmora, que investiga um esquema de corrupção na Educação.
Em greve desde o dia 31 de maio, os servidores públicos reivindicam o pagamento de 11,28% da Revisão Geral Anual (RGA). Alegando que o pagamento integral das perdas inflacionárias pode causar atraso no salário dos servidores, o governo afirma que pode pagar 6% do RGA dividido em três vezes, sendo a última parcela em 2017.
A previsão é que o governo encaminhe para Assembleia Legislativa o projeto de Lei que propõe pagar 6% do RGA. Assim que conseguir aprovar o projeto referente ao RGA, o governo vai encaminhar o Legislativo a proposta de reforma administrativa que prevê a extinção de secretarias, órgãos públicos e cargos comissionados.