Um especialista em acidentes aéreos afirmou que o voo MH370, que desapareceu no dia 8 de março de 2014 com 239 pessoas a bordo, foi jogado deliberadamente no oceano Índico, informam nesta segunda-feira veículos de imprensa australianos. A aeronave ia de Kuala Lumpur para Pequim quando sumiu e, desde então, o seu paradeiro segue desconhecido.
“Alguém pilotou o avião até o final do voo, alguém o pilotou contra a água”, afirmou Larry Vance, que foi responsável por investigar um acidente da Swiss Air em 1998, para emissora australiana Channel 9. O especialista comentou que a parte de uma asa da aeronave, encontrada no ano passado na ilha de Reunião e que entregue à França para análise, é a evidência mais forte de que o Boeing 777 da Malaysia Airlines foi “planando” sobre o oceano.
Apesar dos investigadores franceses ainda não ter revelado suas conclusões, Vance considera que a asa foi aberta para a aterrissagem e depois arrastada pela força da água. Segundo o especialista, a abertura da peça só pode ser ativada por uma pessoa. A hipótese que a aeronave foi pilotada até o fim também significa que ela pode ter atingido o mar em um ponto fora da atual área de busca, afirmou Vance.
Peter Foley, chefe da busca realizada pelo Escritório para a Segurança no Transporte da Austrália, não descarta a possibilidade de que alguém tenha controlado o avião até o final. O funcionário australiano também admitiu que seu órgão viu “algumas análises dos franceses” que sugerem que a peça da asa foi aberta, o que apoiaria a teoria de que o desaparecimento foi premeditado.
Na semana passada, investigadores australianos informaram que um simulador de voo encontrado na casa do piloto do MH370 tinha o registro de um plano de rota para o oceano Índico, próximo de onde o avião perdeu o sinal. “Em minha opinião, todos já deveriam ter concluído que esse foi um evento planejado por um humano”, comentou Vance.