O pedido de afastamento protocolado pela ex-primeira-dama do estado, Roseli Barbosa, contra a juíza Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá em novembro do ano passado foi votado favoravelmente pelo desembargador Pedro Sakamoto, da Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Com a decisão favorável, todos os atos praticados por Selma poderão ser anulados. A conclusão do julgamento ainda aguardará vista dos desembargadores Orlando Perri e Rui Ramos.
Roseli afirma que Selma Rosane violou a lei de delação premiada validando a colaboração do empresário Paulo Cesar Lemes, perdendo assim, a capacidade de processar e julgar a ação com imparcialidade.
Roseli Barbosa foi presa no dia 20 de agosto, em São Paulo, durante a Operação Ouro de Tolo, um desdobramento da Operação Arqueiro, responsável por investigar um esquema de corrupção na Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas), que teria lesado dos cofres públicos cerca de R$ 8 milhões, supostamente liderado pela ex-primeira-dama de Mato Grosso.
O advogado Ulisses Rabaneda, da defesa da ex-primeira-dama, afirma que aguardam ansiosos pela decisão da justiça. “Essa é uma alegação suscitada no Tribunal desde o ano passado. Nós entendemos que o juiz tem balizas e limites para julgar e no nosso entendimento, a juíza Selma, não tem.”
Por motivo de férias compensatórias do desembargador Ornalndo Perri, o julgamento será retomado daqui duas semanas.