O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, acirrou as inimizades no partido ao se recusar a apoiar a campanha de reeleição do presidente da Câmara de Representantes, Paul Ryan. Republicano com o mais alto cargo eletivo em exercício, Ryan já afirmou que votaria em Trump para presidente dos Estados Unidos, apesar de ter expressado algumas críticas sobre ele.
“Eu gosto de Paul, mas esses são tempos horríveis para o nosso país”, disse Trump em entrevista ao jornal The Washington Post, publicada na terça-feira. “Nós precisamos de lideranças muito, muito fortes”, comentou, assinalando que ainda “não tem certeza” sobre apoiar o presidente da Câmara.
Trump também afirmou que Ryan chegou a pedir seu apoio, mas ele ainda estava “refletindo seriamente” sobre o assunto. Em resposta, o porta-voz do presidente da Câmara, Zack Roday, declarou que “nem Paul Ryan, nem qualquer pessoa em seu time, pediram pelo apoio de Donald Trump”.
Em uma semana marcada por polêmicas em sua campanha, Trump ainda se recusou a apoiar o senador John McCain, que busca ser reeleito para o cargo. McCain foi o candidato republicano à Presidência em 2008 e é um dos membros com melhor reputação no partido.
Tanto Ryan quanto McCain fizeram comentários críticos sobre as posições de Trump no passado, porém, ambos deixaram claro que votariam no magnata nas eleições de 8 de novembro. Recentemente, ambos discordaram da atitude do candidato à Presidência em criticar a família de um soldado muçulmano morto no Iraque, que discursou contra suas políticas anti-imigração na Convenção Democrata.
“Obama foi um desastre”
Em entrevista à emissora Fox News, na quarta-feira, Trump comentou que o mandato de Barack Obama foi um “desastre”, depois de o presidente americano afirmar que bilionário “não está preparado” para ocupar à Casa Branca. “Foi frágil, foi ineficaz. Estou convencido que eu sei muito mais de política externa do que ele”, declarou o republicano.