Por 14 votos a 5, a Comissão Especial do Impeachment aprovou nesta quinta-feira o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que defende levar a julgamento final a acusação contra a presidente afastada Dilma Rousseff.
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), afirmou que a petista sofrerá o impeachment em uma determinação do Senado que fará justiça ao País. “Dilma será afastada pelos gravíssimos delitos que cometeu”, afirmou Cássio. Para o tucano, os “crimes” foram cometidos em nome de um “projeto de poder” e configuram “a maior fraude fiscal na história do Brasil”.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) foi o último a se manifestar na comissão. Ele reiterou posição contrária ao impeachment e ao relatório de Anastasia. Ao todo, 22 senadores se manifestaram na reunião.
O relatório do tucano, apresentado à comissão nesta terça-feira, admite a chamada “pronúncia” de Dilma, apontando a existência de elementos suficientes para levá-la a julgamento final. Para ser aprovado, o documento precisa dos votos da maioria simples dos 21 membros do colegiado – ou seja, metade dos parlamentares presentes, mais um. Depois, o relatório seguirá para a análise do plenário, onde precisa dos votos da maioria simples dos 81 senadores. Caso o processo tenha continuidade, Dilma será julgada no fim do mês.