"> João Emanuel portava cartão de vice-presidente do Grupo Soy em “negócio da China” – CanalMT
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João Emanuel portava cartão de vice-presidente do Grupo Soy em “negócio da China”

Da Redação

No pedido de prisão preventiva encaminhado a Justiça, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) cita que o ex-vereador por Cuiabá João Emanuel portava um cartão no qual se apresentava como vice-presidente do Grupo Soy, o que revela sua participação no esquema de golpes de até R$ 50 milhões em pessoas interessadas em contrair empréstimos a juros considerados abaixo do mercado.

O ex-vereador João Emanuel teve mandado de prisão cumprido na sexta-feira (26) por agentes do GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado). Como estava internado no Hospital Santa Rosa em decorrência de uma cirurgia, não chegou a ser encaminhado para a prisão.

No final de semana, uma liminar concedida pelo desembargador Pedro Sakamoto remeteu João Emanuel a prisão domiciliar, pois foi acatado o argumento da defesa de que como advogado o ex-vereador tem direito a uma permanecer em uma sala de Estado maior, inexistente no sistema prisional mato-grossense.

O Gaeco também afirmou que a prisão contra João Emanuel, Shirlei Aparecida Matsuoka, Walter Dias Magalhães Júnior( marido de Shirlei), Evandro Goulart e Marcelo de Melo Costa (ex-candidato a deputado federal) visa garantir a ordem pública.

 “Já que se trata de crimes graves, bem como que nada garante que os representados não voltem a delinquir, já que os golpes estão em franca deflagração e novas vítimas podem ser colhidas pela funesta ação dos representados”, diz outro trecho do documento.

O pedido de prisão preventiva assinado pelos promotores de Justiça Samuel Frungilo, Marcos Bulhões, Carlos Zarour e Marco Aurélio Castro, cita que João Emanuel é reincidente em crimes considerados graves, o que leva a necessidade de mantê-lo preso para preservar as investigações.

O ex-vereador foi classificado de “useiro e vezeiro na prática de crimes”.

“É impossível não destacar o fato de que João Emanuel é useiro e vezeiro na prática de crimes objeto desta Vara Especializada”.

As investigações do GCCO apontam que João Emanuel seria um dos chefes da organização criminosa. Em depoimento, a vítima Ademir Macorin da Silva assegurou que João Emanuel se apresentava como presidente do Grupo Soy e oficializou propostas de investimentos bilionários que seriam realizados no Estado do Amazonas e em Cuiabá.

De acordo com o depoimento da vítima, João Emanuel disse que Ademir Macorin da Silva teria lucro de R$ 170 milhões, mas deveria  antecipar a quantia de R$ 50 milhões a título de garantia do negócio, dividido em 40 folhas de cheques.

As investigações revelam ainda que João Emanuel teria utilizado um “falso chinês”  para conferir maior credibilidade ao grupo criminoso.


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