Várias explosões atingiram regiões controladas pelo governo de Bashar Assad e pelos curdos na Síria, nessa segunda-feira. Os atentados foram reivindicados pelo grupo terrorista Estado Islâmico e deixaram mais de 50 mortos e dezenas de feridos.
O maior número de mortos foi registrado em Tartus, um dos redutos do regime de Assad no litoral mediterrâneo da Síria. Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, 38 pessoas morreram em um duplo atentado, provocado por um carro-bomba e um suicida com colete de explosivos. Dezesseis soldados das tropas governamentais estariam entre as vítimas fatais. Segundo a ONG, o ataque teve como alvo um posto de controle do regime no sul da cidade.
Na cidade de Al Hasaka, no nordeste da Síria, pelo menos oito pessoas morreram em um atentado provocado por um suicida em uma bicicleta. Segundo o diretor do Observatório, Rami Abderrahman, o ataque teve como alvo uma área controlada pelos soldados curdos.
Outra cidade síria que foi alvo dos atentados foi Homs, na região central, onde quatro pessoas morreram após a detonação de um carro-bomba no bairro de Bab Tadmur, atualmente sob controle governamental. Nos arredores de Damasco, pelo menos três pessoas morreram em decorrência de duas explosões na região de Al Saburah, também controlada pelo governo de Bashar Assad.
O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a autoria dos seis ataques através da agência de notícias Amaq, vinculada aos jihadistas. Segundo um comunicado divulgado, “seis operações de martírio atingiram Damasco, Tartus, Homs e Al Hasaka”. A nota, cuja autenticidade não pôde ser verificada, informou que os atentados foram simultâneos e que tinham como objetivo claro atingir as zonas sob o controle do regime e dos curdos.