A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) prorrogou por 90 dias o andamento de um processo administrativo disciplinar que apura a responsabilidade da empresa Amazon Construtora pelo abandono de uma obra de R$ 2,396 milhões que é a reforma e ampliação da Escola Estadual Sebastião Patrício localizada no município de Primavera do Leste (240 km ao Sul de Cuiabá).
O ato administrativo assinado pelo secretário de Educação, Marcos Marrafon, foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) que circulou na terça-feira (30).
A empresa também é investigada pelo abandono de outras obras públicas. A Amazon Construtora também é investigada pelo contrato 050/2014 que lhe permitiu receber R$ 228.305,83 mil para executar obras na Escola Estadual Profª Alda Gawlins Scopel, localizada no município de Primavera do Leste. Como houve inexecução parcial, a obra programada para ser concluída em abril de 2015 segue abandonada.
Por conta das investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) que culminaram na Operação Rêmora que desmantelou um esquema de cobrança de propina as empreiteiras que prestavam serviços de reforma e construção de unidades escolares, a Secretaria de Educação suspendeu novas licitações bem como pagamentos por obras.
A operação policial culminou na prisão preventiva do ex-secretário de Educação, Permínio Pinto (PSDB) no dia 20 de julho, em sua segunda fase denominada Locus Delictis.
Na primeira fase deflagrada no dia 3 de maio, foram presos o ex-assessor especial da Secretaria de Educação, Fábio Frigeri e os ex-superintendentes de Infraestrutura Escolar Wander Luiz dos Reis e Moisés Dias.
Atualmente, somente Moisés Dias conseguiu revogar a prisão preventiva e está em liberdade.