Regininha Poltergeist tem uma nova carreira. Ela agora é vendedora de planos de telefonia celular. “A necessidade me fez procurar o mercado formal”, conta ela, que há um mês começou a trabalhar numa loja na Praça Seca.
A necessidade que Regininha se refere é o sustento do filho, Lucas, de 11 anos. Separada do pai dele há algum tempo, ela não tem contado com a pensão alimentícia do ex. “Os pagamentos estão bastante atrasados e tive que acioná-lo na Justiça novamente”, afirma ela, que em 2009 trabalhou nas Casas Bahia: “Fique seis meses lá. As pessoas achavam que era uma pegadinha quando ia atendê-las”.
Regininha trabalha de segunda a sexta das 9h às 18h, tem carteira assinada e já conseguiu vender alguns planos telefônicos. “As pessoas acham que é fácil. Só chegar e vender. Existe treinamento, tem o sistema da empresa… Estou me adaptando, mas acho que tive sorte”, enumera ela, que ainda não foi reconhecida pelos clientes.

“As pessoas são muito preconceituosas. Fiz escolhas erradas na vida em busca de um futuro melhor para meu filho. Me arrependi. Mas era o que tinha na época”. O arrependimento é pelos filmes pornôs que fez no início dos anos 2000.
Tudo o que Regininha quer agora é melhorar sua vida financeira e pessoal. Ela está à procura de um novo endereço e deve mudar o filho de escola para ajustar ao seus novo horário comercial. Os últimos anos não foram lá muito tranquilos: “Eu e meu filho quase morremos afogados no mar do Recreio, fui traída e até duvidei da minha fé (ela é convertida). Mas de tanto orar, parece que agora começo a respirar de novo após uma depressão. Só conto com Deus e com minha força de vontade”.