"> Sem financiadores, candidatos a vereador investem dinheiro do próprio bolso em suas campanhas – CanalMT
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Sem financiadores, candidatos a vereador investem dinheiro do próprio bolso em suas campanhas

Da Redação

Diante da dificuldades em conseguir recursos financeiros para a campanha eleitoral, vereadores que são candidatos à reeleição em Cuiabá está investindo pesado com dinheiro do próprio bolso para manter o mandato de legislador municipal pelos próximos quatro anos.

A vereadora Lueci Ramos (PSDB), que busca ser eleito para o sexto mandato na Câmara Municipal, investiu do próprio bolso a quantia de R$ 180 mil.

Trata-se da maior quantia aplicada pelos atuais parlamentares de recursos próprios na campanha eleitoral. A tucana ainda conseguiu outros R$ 1 mil de pessoa física, totalizando R$ 181 mil em seu caixa.

Em seguida, aparece o vereador Mário Nadaf (PV) que injetou R$ 80 mil do próprio bolso. O vereador Dilemário Alencar (PROS) injetou R$ 62 mil dos R$ 70,5 mil arrecadados até o momento.

Vereador de primeiro mandato, Juca do Guaraná (PTdoB) arrecadou R$ 81,9 mil do qual a quantia de R$ 60 mil foi tirada do próprio bolso.

O vereador Marcrean dos Santos (PRTB) injetou R$ 60 mil de dinheiro próprio, única quantia disponível para ser gasta em sua campanha à reeleição.

Ex-presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, o vereador Arilson da Silva (PT), que busca a reeleição, investiu R$ 51,3 mil de recursos próprios na campanha eleitoral.

Quem também exerce o primeiro mandato e disputa a reeleição é o vereador Maurélio Ribeiro (PSDB). O tucano já arrecadou R$ 90 mil sendo que R$ 30 mil é dinheiro próprio para ser aplicado na campanha eleitoral.

O vereador Paulo Araújo (PP), que assumiu a vaga em abril de 2014 após a cassação de mandato do vereador João Emanuel (PSD), injetou R$ 20 mil em recursos próprios. Até o momento, já arrecadou R$ 55 mil.

As quantias de investimento próprio em quantias menores são registradas pelos vereadores Oséas Machado (PSC), que investiu R$ 8 mil do total de R$ 11 mil.

O vereador Adilson da Levante (PSB) aplicou R$ 8 mil na própria campanha. O petista Allan Kardec injetou R$ 5 mil.

O vereador Wilson Kero Kero (PSL) investiu R$ 2 mil e tem arrecadado até o momento R$ 8,5 mil. Já o vereador Lilo Pinheiro (PRP) aplicou R$ 1,233 mil.

O vereador Ricardo Saad (PSDB) é um dos poucos candidatos que não investiu dinheiro do próprio bolso na campanha eleitoral. O tucano conseguiu arrecadar R$ 86,7 mil somente de pessoas físicas. Também limitado a doação de pessoas físicas está o caixa de campanha do vereador Chico 2000 (PR) que registra R$ 45 mil.

O vereador Marcus Fabrício (PTB) recebeu R$ 7,5 mil com origem em transferências partidárias. Na mesma situação está o vereador Onofre Junior (PSB), mas com apenas R$ 20 mil. O vereador Renivaldo Nascimento (PSDB) conseguiu R$ 3 mil de pessoas físicas e Néviton Fagundes é o único da atual legislatura que não registra nenhuma movimentação financeira.

Estimativa e benefícios

De acordo com levantamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) baseado em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), uma campanha para vereador em Cuiabá tem o teto de investimentos estipulado em R$ 492,024 mil.

Cada vereador em Cuiabá recebe R$ 15 mil mensal de salário, R$ 15 mil de verba indenizatória e outros R$ 27 mil em verba de gabinete.

O custo por parlamentar é o oitavo maior entre as Câmaras municipais das capitais brasileiras, conforme levantamento realizado em 2015 pela organização Transparência Brasil.

O vereador de Cuiabá só não é mais caro para o contribuinte das de São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Salvador, Fortaleza, Curitiba e Belo Horizonte, nesta ordem.

A soma de recursos próprios aplicadas pelos 25 vereadores atinge o montante de R$ 630,033 mil.

O investimento pesado na própria campanha eleitoral é resultado da baixa arrecadação de recursos financeiros. As eleições de 2016 são a primeira na qual está proibido o financiamento privado de campanha eleitoral.

É permitida apenas a doação de pessoas físicas limitada a 10% do valor declarado na última declaração do Imposto de Renda (IR) perante a Receita Federal no ano anterior.

Além disso, a crise econômica que impera no Brasil com a recessão tem gerado dificuldades de arrecadação financeira até aos candidatos a prefeito pelo Brasil afora.


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