A cinco dias do encerramento do primeiro turno da campanha eleitoral, os seis candidatos a prefeito de Cuiabá ainda patinam para arrecadar recursos financeiros. Diante da proibição do financiamento privado, os valores estão muito abaixo comparado às eleições passadas.
De acordo com o sistema divulga cand 2016 do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a soma de arrecadação financeira dos seis candidatos a prefeito de Cuiabá corresponde a R$ 2.910.380,28 (dois milhões, novecentos e dez mil, trezentos e oitenta reais e vinte e oito centavos).
Por outro lado, as despesas contratadas correspondem a R$ 4.927.972,76 (quatro milhões novecentos e vinte e sete mil, novecentos e setenta e dois reais e setenta e seis centavos). Ou seja, as despesas arrecadadas superam em R$ 2,017 milhões o volume de arrecadação.
O líder até o momento em arrecadação é Emanuel Pinheiro (PMDB), que registra R$ 1,046 milhão. Por outro lado, as despesas contratadas correspondem a R$ 3,416 milhões.
Ou seja, a campanha do peemedebista administra um déficit financeiro de R$ 2,370 milhões.
Quem também opera a campanha com déficit financeiro é o candidato do PSDB, Wilson Santos.
Com arrecadação de R$ 743,8 mil, houve despesas contratadas na ordem de R$ 1,469 milhão, o que representa um déficit financeiro de R$ 725,5 mil.
Estreante na disputa eleitoral, o candidato Julier Sebastião da Silva (PDT) arrecadou R$ 569,3 mil. Desta quantia, R$ 270,58 mil foram investidos do próprio bolso. As despesas contratadas somam R$ 217.168,05.
A candidata Serys Slhessarenko (PRB) arrecadou R$ 389,78 mil. A maior parte deste recurso, R$ 380 mil, foi transferida pelo partido, que mantém proximidades com a Igreja Universal do Reino de Deus.
Um dos líderes na pesquisa de intenção de votos, o procurador da Fazenda Nacional Mauro César Lara de Barros, o Procurador Mauro (Psol), arrecadou R$ 149.991,04. Não há informações do volume de despesas contratados pelo candidato.
O candidato com menor arrecadação é o historiador Renato Santtana, da Rede Sustentabilidade. Houve a arrecadação de R$ 10.587,47, enquanto o volume de despesas contratadas atingiu R$ 6.608,00.
Esta é a primeira eleição na qual vigora a proibição do financiamento privado de campanha após a inconstitucionalidade ser reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Por conta disso, os partidos são os maiores doadores de campanha dos candidatos, repassando dinheiro que é resultado do fundo partidário.
O candidato Emanuel Pinheiro (PMDB) tem o PP (Partido Progressista) como doador de R$ 450 mil. O PTB e o PMDB aparecem logo em seguida com doações de R$ 202 mil e R$ 160 mil, respectivamente.
Em situação semelhante está o candidato Wilson Santos. O PSDB é o principal financiador de sua campanha eleitoral com a doação de R$ 625 mil, o que corresponde a 93,71% do montante arrecadado.
De acordo com levantamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) baseado em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), uma campanha eleitoral em Cuiabá tem o teto de investimentos orçado em R$ 9,004 milhões no primeiro turno.
No segundo turno, a estimativa máxima de gastos levando em consideração o índice populacional é de R$ 2,701 milhões.