"> Processo que apura fraude na compra de terreno pelo Estado entra na reta final – CanalMT
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Processo que apura fraude na compra de terreno pelo Estado entra na reta final

Da Redação Sávio Saviola

O processo criminal relacionado a Operação Seven que apura desvio de R$ 7 milhões dos cofres públicos por meio de uma fraude na compra de um terreno público começa a entrar na fase final a partir desta segunda-feira (3).

Está previsto o depoimento do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) bem como do ex-secretário de Estado de Planejamento, Arnaldo Alves e do procurador aposentado do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima.

Após esses três depoimentos, serão feitas as últimas diligências e aberto prazo para as alegações finais. A expectativa é que a sentença condenatória ou de absolvição saía somente no primeiro semestre de 2017.

Em depoimento prestado na quarta-feira (28), o ex-secretário de Estado, Pedro Nadaf, atribuiu ao ex-governador Silval Barbosa (PMDB) a responsabilidade em chefiar uma organização criminosa que tinha divisão de tarefas com a equipe administrativa para montar esquemas de desvio de dinheiro público.

A compra de uma área de 727 hectares na região do Manso pertencente ao médico e empresário Filinto Correa da Costa seria apenas um dos muitos esquemas de ilicitudes que ocorreram para pagar dívidas de campanha e outras de interesse do ex-governador.

Conforme Nadaf, dos R$ 7 milhões pagos pela compra do terreno, a quantia de R$ 3,5 milhões foi devolvida ao grupo político. Deste montante, R$ 1,5 milhão foi direcionado a quitação de uma dívida do ex-governador Silval Barbosa , da qual Nadaf não quis revelar se era mantida com alguma pessoa física ou jurídica.

O que sobrou do dinheiro da devolução foi distribuído como propina a outros réus da ação penal como o ex-secretário de Estado de Fazenda, Marcel de Cursi, o ex-presidente do Intermat (Instituto de Terras de Mato Grosso), Afonso Dalberto, e ao procurador aposentado Chico Lima.

Pela primeira vez nesta ação penal, em depoimento a juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) vai ter a oportunidade de apresentar sua defesa diante da acusação feita pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

Até o momento, o peemedebista não tem admitido nenhuma participação como chefe de organização criminosa, conforme seu depoimento nas ações penais relativas a Operação Sodoma da Polícia Civil.

Na ação penal derivada da Operação Seven, são atribuídos os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, peculato e corrupção passiva. As penas quando acumuladas ultrapassam 50 anos.

Outro que pela primeira vez poderá se defender em juízo é o ex-secretário de Estado de Planejamento, Arnaldo Alves, apontado como o responsável em ajustar o orçamento do Estado para atender aos interesses da organização criminosa. O procurador aposentado Chico Lima é apontado como o responsável em articular todo o esquema fraudulento da compra do terreno.


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