Denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) como um dos chefes do esquema de fraudes de créditos florestais na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), o que gerou prejuízo de R$ 109 milhões aos cofres públicos, o deputado estadual Mauro Savi (PSB) minimizou a acusação e diz que faltam provas suficientes para sustentá-la.
“Não tem prova concreta alguma. Não existe depósito ou sequer transferência de R$ 1 real em minha campanha. Estou sendo acusado porque uma servidora da Sema disse, em seu depoimento, que uma servidora minha falou que o dinheiro da falcatrua deles era para minha campanha. Essa é a ‘prova’ que eles têm contra mim”, criticou.
O parlamentar ainda afirma que a vereadora pelo município de Nova Monte Verde, Eliana Klitzke Lauvers (PSD), negou sua participação no esquema fraudulento, conforme depoimento prestado ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
De acordo com a denúncia criminal, a parlamentar e seu marido, Audrei Valério Prudência de Oliveira, foram beneficiados com créditos florestais fraudados na ordem de R$ 19,46 milhões.
“A vereadora que ocasionou o crédito disse que nunca sentou comigo para dizer nada sobre isso”, declarou o parlamentar.
Além de Savi, Riva, Eliana e Audrei, também foram denunciados: Juliana Aguiar da Silva (servidora da Sema) e seu marido Wladis Borsato Kuviatz ; Fabricia Ferreira Pajanoti e Silva (assessora de Mauro Savi); Jacymar Capelasso (ex-assessora de Riva) e Paulo Miguel Renó (servidor da Sema, em Cuiabá).
Como detém foro por prerrogativa de função na esfera criminal, o deputado Mauro Savi foi investigado pelo NACO (Núcleo de Ação de Competência Originária) e a denúncia oferecida ao Tribunal de Justiça (TJ).
Caberá aos desembargadores a decisão de abrir ou não ação penal contra o parlamentar.
Em relação aos demais acusados, a denúncia foi encaminhada a 7ª Vara Criminal de Cuiabá, relacionada a processos envolvendo o crime organizado e chefiada pela juíza Selma Arruda.