A Polícia Federal (PF) cumpriu na manhã desta quinta-feira (27) mandados de busca e apreensão em um dos comitês de campanha do candidato a prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), localizado no bairro Lixeira.
Também foram alvos de busca e apreensão a casa do vereador Allan Kardec (PT) e de sua mãe, ambas residências localizadas no bairro Jardim Gramado.
A ação foi autorizada pela Justiça Eleitoral por conta de denúncias recebidas pelo sistema pardal do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de que existem nos locais suspeita de esquema de compra de votos.
A denúncia anônima teria sido feita à PF com a apresentação de um vídeo e de um áudio, cujo conteúdo comprovaria o crime eleitoral.
Os mandados foram autorizados pelo juiz da 54ª Zona Eleitoral da Capital, Gonçalo Antunes de Barros.
O Tribunal Regional Eleitoral não forneceu detalhes sobre a investigação, uma vez que o caso corre em segredo de Justiça.
A ação dos agentes da Polícia Federal durou aproximadamente 30 minutos após se iniciar a partir das 10h. Foram apreendidos documentos como a relação de funcionários e cabos eleitorais bem como veículos utilizados pela coligação um novo prefeito para uma nova Cuiabá.
O coordenador geral da campanha de Emanuel Pinheiro, o ex-senador Osvaldo Sobrinho (PTB), atribuiu a ação a uma denúncia do adversário Wilson Santos (PSDB) com o intuito de desestabilizar a campanha do peemedebista.
“Essa é uma operação de praxe da Polícia Federal. A denúncia foi a coligação do Wilson que fez. É legal que se faça isso, mas que se faça em todos os comitês, no nosso e no do adversário também. Isso para todo mundo saber que tem uma lei, um arcabouço jurídico que protege a todos e pune todos que fizerem algo errado”, afirmou.
“Não temos dinheiro nem para comprar café, vamos comprar voto?”, ironizou Sobrinho.