Um carro-bomba explodiu na maior cidade do sudoeste da Turquia nesta sexta-feira, matando ao menos oito pessoas e ferindo mais de 100, disseram fontes da segurança, horas após a polícia prender líderes do maior partido político da região de maioria curda.
A explosão ocorreu perto de uma delegacia em Diarbaquir, onde alguns líderes do partido estavam detidos em uma investigação de terrorismo. A explosão derrubou fachadas de prédios, e bombeiros buscavam por pessoas presas sob os destroços. O ministro da Justiça, Bekir Bozdag, disse que policiais e civis foram mortos, mas a informação não foi confirmada.
A detenção de líderes do Partido Democrático dos Povos, pró-curdo, o segundo maior grupo de oposição no Parlamento, e dez outros de seus parlamentares irá aumentar preocupações entre aliados do Ocidente sobre uma repressão mais profunda contra dissidentes do presidente Tayyip Erdogan.
A ação, que motivou condenação imediata da União Europeia, acontece à medida que a Turquia deteve ou suspendeu mais de 110.000 autoridades após uma tentativa fracassada de golpe em julho, pondera a reintrodução da pena de morte e dias após prisão de jornalistas de um dos principais jornais da oposição.
A chefe de política externa da UE, Federica Mogherini, disse em publicação no Twitter que está “extremamente preocupada” com as prisões e disse ter convocado encontro com embaixadores da UE em Ancara.