O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e o seu filho, Rodrigo Barbosa, são réus em mais um processo criminal na Justiça pela suspeita de desvio de dinheiro público. Isso porque no dia 3 deste mÊs a juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, acolheu denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) relacionada a quarta fase da Operação Sodoma da Polícia Civil que aponta um desvio de R$ 15,857 milhões nos cofres públicos do Estado por meio de uma fraude em um pagamento destinado à desapropriação do bairro Jardim Liberdade I.
Ainda se tornaram réus outros 15 acusados dos quais estão Silvio César Correa de Araújo, ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, os ex-secretários de Estado, Pedro Nadaf, César Zilio e Pedro Elias, o procurador aposentado do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima, e o ex-presidente do Intermat (Instituto de Terras de Mato Grosso), Afonso Dalberto.
Todos vão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, receptação qualificada, falsidade ideológica e coação.
A juíza Selma Arruda classificou de “satisfatória” a denúncia do Ministério Público que individualizou a conduta de cada um dos 17 denunciados.
“Apontando em cada fato narrado o suporte probatório correspondente, especialmente os resultados da análise de documentos fornecidos durante as investigações, depoimentos, das transferências de sigilos bancários, diligências de campo, consultas a órgãos públicos e outras providências adotadas na fase de investigação”, afirmou.
Por outro lado, a magistrada suspendeu o prazo para o MPE oferecerdenúncia contra dois dos cinco delatores que colaboraram para a deflagração de mais uma fase da operação: o empresário Filinto Muller, que atua em factoring, e o advogado Gabriel Gaeta Aleixo.
A quarta fase da Operação Sodoma deflagrada no dia 26 de setembro, prendeu o ex-secretário de Estado de Planejamento Arnaldo Alves, o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima, e o empresário Valdir Piran – que foi colocado em liberdade no dia 28 de outubro, após pagar fiança de R$ 12 milhões.
Também tiveram mandados de prisão cumpridos o ex-governador e o ex-secretário de Fazenda Marcel de Cursi, que já se encontravam detidos no Centro de Custódia da Capital.
Mesmo com a aceitação da denúncia, por terem firmado acordo de delação premiada, Afonso Dalberto, Antônio Rodrigues e João Justino poderão ser beneficiados com a redução da pena e, até mesmo, o perdão judicial.
Além deles, o acordo firmado pelos ex-secretários César Zílio e Pedro Elias em ações penais referentes a outras fases da operação foram anexadas a este novo processo.