"> Pobreza e oportunidades – CanalMT

Pobreza e oportunidades

Há algumas poucas formas de  escapar do ciclo pernicioso que a  pobreza impõe e perpetua. A mais eficiente delas é a escola. Não que ela consiga nivelar  as  oportunidades entre ricos e pobres, mas pelo menos dá uma chance  aos que tiveram menos “sorte” na loteria da vida de superarem os riquinhos, se  conseguirem uma boa formação escolar.

Entretanto o posicionamento  ideológico  dos  professores de esquerda, sindicatos  e movimentos sociais nas escolas públicas do país insistem em  boicotar essa rara oportunidade que  os alunos mais pobres  têm de ascender  socialmente.  A ferramenta  dos mestres é  enfiar na cabeça dos adolescentes que  a principal missão  da escola é a  formação de uma “massa crítica” que, no caso, seria  a disposição de contrariar todas as ideias que não combinem com o pensamento socialista.

Garantem esses doutrinadores que os empresários são inimigos dos pobres e que  a ênfase no  ensino das matérias tradicionais  tem a finalidade de formar mão-de-obra barata para manter a dominação das   “elites”.

Enquanto  alguns  professores da rede pública  se dedicam  a convencer  os alunos a  priorizar a sociologia,  os  estudantes das escolas privadas aprendem  prioritariamente matemática, português, inglês além de  sociologia, conquistando  os melhores lugares nas universidades e no mercado, aumentando cada vez mais a diferença entre eles.

Não bastassem as greves  dos professores,  os sindicatos da categoria  estão testando nova  atuação: estimulam a ocupação das escolas por parte dos alunos, como se partisse destes a iniciativa,  para contestar medidas que julgam contrárias à ideologia que professam.

Por certo  os inimigos dos estudantes pobres não são os empresários como alardeiam  o Lula  e seus seguidores, mas  sim os professores  quando os privam  do aprendizado  necessário  para se tornarem  profissionais  liberais competentes, funcionários públicos graduado ou  empresários  responsáveis.

Essa formação “crítica” que pregam, em prejuízo do aprendizado prático e útil,  terá muito sucesso na formação  de novos dirigentes  sindicais,  líderes dos movimentos sociais e  substitutos dos “Rainhas”, “Stédiles”  e “Bovés”, que já estão ficando velhos. Também produzirá   motoristas para os empresários,  babás para os  filhos dos profissionais liberais  e  jardineiros  aos  servidores públicos  mais graduados.

Os adolescentes que ainda não se contaminaram com a ideia da inimizade entre as classes,  que a ideologia de esquerda  espalha,   precisam acreditar que os empresários, detentores  dos meios de produção,  buscam sempre jovens com   boa formação,  de qualquer escola ou segmento, para formação de  uma benfazeja simbiose,  cujos resultados beneficiam diretamente os envolvidos e também  o conjunto da sociedade.

Ao contrário do que afirmam os pregadores  da “massa crítica”, a classe A nada tem  contra os pobres. Ela não gosta é da pobreza, inimiga declarada da prosperidade.  Acho que os  professores ideológicos   que querem manter na penúria  os alunos da escola pública,  privando-os do conhecimento que transformaria suas vidas, são os verdadeiros inimigos  a serem combatidos.

Os alunos  prejudicados no Enem   pela ocupação das escolas, deveriam cobrar dos ideólogos a conta do atraso que tiverem na formação escolar.

Renato de Paiva Pereira é empresário e escritor

 


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