A vitória do republicano Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos e a decisão dos britânicos de deixar a União Europeia, no histórico ‘sim’ para o Brexit, impulsionaram o movimento de independência do Estado da Califórnia. Partidários do “Calexit” – junção das palavras Califórnia e exit (saída, em inglês) – deram o primeiro passo na tentativa de secessão dos EUA apresentando uma proposta de um referendo a ser realizado em março de 2019 ao escritório do procurador-geral do Estado.
A ideia da separação surgiu em 2014, mas a derrota da democrata Hillary Clinton, que obteve a maioria dos votos do Estado da costa oeste americana nas eleições presidenciais de 8 de novembro, reaqueceu o sonho do grupo de tornar a Califórnia um país soberano e independente.
Além da insatisfação da escolha do magnata republicano para ocupar a Casa Branca pelos próximo quatro anos, os partidários do “Calexit” afirmam que querem deixar os Estados Unidos já que, segundo eles, o seu estado seria a sexta maior economia do mundo, seus cidadãos pagam mais impostos do que recebem em retorno do governo americano e seus habitantes são distintos culturalmente do resto do país.
O primeiro passo dos participantes da Yes California Independence Campaign foi apresentar um documento que fala sobre o “Calexit: Plebiscito para a Independência da Califórnia em 2019”. Para que o documento seja aprovado, ele deverá receber ao menos 500.000 assinaturas, o que permitiria que ele fosse incluído na cédula de votações das eleições estaduais de novembro de 2018. Outras exigências: ao menos 50% dos eleitores da Califórnia devem votar no referendo e mais de 55% deles devem responder “sim” para a pergunta “a Califórnia deve se tornar um país livre, soberano e independente?”.
Se o plebiscito for aprovado e o “Calexit” receber a maioria, o grupo afirmou que solicitará a criação da “Nova República Independente da Califórnia” e a participação da nova nação na Organização das Nações Unidas (ONU).
(Com ANSA)