"> Alan e Guilherme Malouf recebiam dinheiro de propina em banheiro de Buffet – CanalMT
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Alan e Guilherme Malouf recebiam dinheiro de propina em banheiro de Buffet

Rafael Costa do GD

O empresário Giovani Guizardi, dono da Dínamo Construtora, revelou aos promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) que entregou dinheiro desviado da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) ao empresário Alan Malouf e ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), em um dos banheiros do Buffet Leila Malouf, localizado na Rodovia de Cuiabá ao Distrito da Guia.

A quantia entregue foi de R$ 120 mil a R$ 160 mil divididos em dois envelopes. “Em junho ou julho de 2015, num sábado pela manhã, estive no buffet para entregar uma quantia que girava entre R$ 120 mil e R$ 160 mil. Após conversar com Alan, a pedido dele, deixei uma caixa arquivo de papelão no banheiro.

Nesta ocasião ele pediu que eu retirasse a parte dele, deixando no banheiro toda a quantia de dinheiro devidamente separada em duas partes”, diz um dos trechos do depoimento.

Após sair do banheiro e direcionar-se ao espaço de nicotina eletrônica, Guizardi identificou a chegada do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Guilherme Maluf, acompanhado de quatro seguranças e um motorista.

“Os veículos pararam próximo ao declarante e pôde ver todos os seguranças descerem do veículo e o motorista permaneceu no carro com a porta aberta e o deputado ingressou o prédio, rumo a sala de Alan Malouf”, completa.

Guizardi disse ainda que Alan Malouf e Guilherme Maluf tiveram uma conversa reservada da qual desconhece o teor, mas pode perceber o parlamentar saindo do banheiro com uma das caixas de arquivo, na qual havia deixado 25% do valor da propina.

O empresário ainda assegurou aos promotores de Justiça que Alan Malouf lhe atestou que o deputado Guilherme Maluf tinha pleno conhecimento das ações da organização criminosa abrigada na Secretaria de Educação e do seu papel de arrecadar a propina das empresas que mantinham contratos como exigência para receber pelos serviços prestados.


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