A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, negou pedido da defesa do ex-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador cassado João Emanuel (sem partido), para revogar três mandados de prisão preventiva. No total, já são quatro pedidos negados.
Os processos criminais estão em segredo de justiça, mas são relacionados a suspeita de participação de fraudes enquanto presidiu o Legislativo municipal.
É de conhecimento público que o ex-vereador está detido atualmente por conta de cinco mandados de prisão preventiva.
Um deles é relacionado a suspeita de participação em uma organização criminosa que aplicava golpes financeiros em empresários na ordem de até R$ 50 milhões, o que veio à tona com a Operação Castelo de Areia da Gerência deflagrada em agosto deste ano pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
Outras duas prisões estão decretadas em razão da Operação Aprendiz do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na qual é suspeito de desviar dinheiro da Câmara Municipal por meio de fraudes em licitações para pagar agiotas. E outro mandado de prisão pela suspeita de intermediar um esquema de venda de sentença em favor de traficantes.
Por fraudes em licitação e pela suspeita de liderar um esquema de grilagem de terras, o ex-vereador foi preso em 2013 e teve o mandato cassado no ano seguinte.
As investigações apontavam para negociações de contratos de licitação, gravadas em vídeo, por uma representante de uma empresa de gráfica.
O dinheiro desviado serviria para garantir a falsificação da escritura de compra e venda de imóveis.
A falsificação de documentos de terrenos entregues a agiotas tinha o intuito de obter dinheiro para campanha eleitoral de deputado estadual.