Após entregar o cargo ao sucessor Emanuel Pinheiro (PMDB), o ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (PSB) assegurou que o município está com as finanças equilibradas.
Embora o desaquecimento da economia ao longo de 2016 tenha refletido em baixa arrecadação aos entes federados que são União, Estados e municípios, Mendes afirma que foi deixado R$ 98 milhões nos cofres da Prefeitura de Cuiabá, o que totalizaria R$ 18 milhões em saldo positivo.
“Nós deixamos a Prefeitura de Cuiabá muito melhor do que recebemos. Em 2012, herdamos o município com R$ 195 milhões de restos a pagar e R$ 42 milhões em todas as contas. Ou seja, havia um déficit de quase R$ 150 milhões. Estamos entregando agora com pouco mais de R$ 80 milhões a pagar e R$ 98 milhões em todas as contas da prefeitura”, revelou.
De acordo com o ex-prefeito, nos quatro anos em que permaneceu a frente do Palácio Alencastro, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) foi cumprida rigorosamente, o que permitiu deixar o Executivo com as contas no azul.
“Nestes quatro anos, sempre mantivemos a folha de pagamento salarial com índice menor que 48%. Ainda cumprimos índices constitucionais de investimento na educação e saúde e entregamos a Prefeitura de Cuiabá com salário em dia, exceto na saúde, mas isso porque nós não recebemos todos os repasses dos entes federados. Se tivesse recebido certamente estaria em dia a saúde”, destacou.
Mendes ainda ressaltou o que considera como obras benéficas a população em seus quatro anos de mandato.
“Foram muitos avanços em todas as áreas. Temos quatro lares como apoio para criança, projeto Siminina que estava abandonado e foi recuperado e cuidou de mais de 1200 crianças. Isso nos dá uma sensação de que estamos entregando uma cidade melhor e uma prefeitura muito melhor do que recebemos”, disse.
Ao ser questionado a respeito de qual conselho daria ao sucessor Emanuel Pinheiro, Mendes afirma que sua orientação é ter uma gestão pautada pela correta aplicação do dinheiro público.
Para Mendes, o melhor conselho que pode repassar para o prefeito eleito é trabalhar corretamente o dinheiro público.
“Não tenho pretensão de dar conselho. Quando eu muito falo é da minha experiência, o que eu fiz e daquilo que nós fizemos com apoio de equipes. Soubemos valorizar cada equipe, motivar e criar desafios com metas para trabalhar corretamente o dinheiro público. Administrar a coisa pública não é uma tarefa fácil, então a única receita para dar certo é trabalhar muito e com seriedade. Foi isso que nós fizemos e é isso que posso dizer”, ressaltou.