Após muito imbróglio, o governo do Estado planeja retomar as obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) no primeiro semestre deste ano e incluir uma cláusula no contrato que mantém com as empreiteiras exigindo que a conclusão seja feita no prazo de 24 meses.
O secretário de Cidades, Wilson Santos (PSDB), que conduz o projeto do VLT, deu mais detalhes a respeito disso. “ A cada antecipação nós faremos uma compensação financeira. As empresas poderão trabalhar em até três turnos e assim a obra ser concluída com mais rapidez”, declarou.
A obra do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) está orçada em R$ 1,477 bilhão e são 22,2 km interligando os trechos CPA/Aeroporto e Coxipó/Centro. Já foram gastos R$ 1 bilhão com a maior parte do investimento aplicada na compra dos vagões de trem na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
De acordo com Wilson Santos, o Estado vai firmar um empréstimo financeiro com a União para retomar as obras do VLT. O valor financeiro, embora já tenha sido definido, só será divulgado após a homologação na Justiça Federal do acordo com o Estado e as empreiteiras que prevê a conclusão das obras do VLT.
“Nós vamos solicitar que o valor definido com as empreiteiras seja acompanhado pela fiscalização do Tribunal de Contas do Estado e Ministério Público de Contas para que possamos ter total transparência e certeza de que o dinheiro público está sendo devidamente aplicado”, ressalta.
Após a conclusão das obras, o Estado planeja lançar uma licitação para firmar uma Parceria Pública Privada para a empresa operar o sistema do VLT no regime de concessão pública, seguindo assim o mesmo modelo já adotado no Rio de Janeiro, cidade que recentemente explora o modal de transporte considerado um dos mais modernos e eficientes.
“A operação seria igual a do Rio de Janeiro. Lá, a associação de transportes opera com 25% dividido com a Odebrecht, CCR e fundos de pensão da Caixa Econômica e Banco do Brasil. Nós estamos nomeando também o engenheiro civil José Piccoli Neto para atuar como secretário adjunto da construção do VLT, pela sua experiência como diretor de implantação do VLT no Rio de Janeiro”, conclui Wilson Santos.