"> MPE vai pedir nova prisão de Alan Malouf – CanalMT
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MPE vai pedir nova prisão de Alan Malouf

Sávio Saviola

Considerado um dos mentores do esquema de corrupção na Secretaria de Estado de Educação desvendado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na Operação Rêmora, o empresário Alan Malouf poderá ser preso pela segunda vez.

Isso porque o Ministério Público Estadual (MPE) já anunciou que vai recorrer até sexta-feira (27) da decisão que concedeu liberdade a Malouf no dia 24 de dezembro, véspera do Natal.

Preso preventivamente no dia 14 de dezembro, Alan Malouf foi solto pela juíza plantonista Maria Rosi de Meira Borba, em uma decisão que recebeu duras críticas desde o primeiro momento.

Na avaliação do promotor Marco Aurélio Castro, a decisão judicial não levou em consideração elementos técnicos do processo.

“Surpreendeu pelos argumentos. A decisão diz que o empresário Alan Malouf está contribuindo com as investigações. Mas, para dizer isso a magistrada teria que ter acesso às provas do processo para verificar se o que ele está falando é verdade. Ela não teve acesso porque acho difícil ler um processo de cinco volumes tão rápido”, disse.

O agravo de instrumento será distribuído ao relator prevento da Operação Rêmora, o desembargador Rondon Bassil Dower Filho. O relatório do magistrado será encaminhado para votação em plenário.

A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça ainda é composta pelos desembargadores Pedro Sakamoto e Alberto Ferreira de Souza.

O Ministério Público sustenta que o empresário Allan Malouf tinha a função de formular e aprovar os métodos para desviar dinheiro público da Secretaria de Educação, no período em que foi chefiada pelo ex-secretário Permínio Pinto (PSDB), também acusado de fazer parte da quadrilha. Malouf já é réu pelos crimes de organização criminosa e corrupção passiva.

Em depoimento aos promotores de Justiça, Malouf disse que ajudou a arrecadar dinheiro para a campanha do governador Pedro Taques (PSDB) nas eleições de 2014 após ser formalmente convidado pelo tucano para a comissão.

Taques nega veementemente ter havido caixa 2 na campanha dele ao governo do Estado.

Malouf alega ter entrado na quadrilha por incentivo do empresário Giovani Guizardi, delator do esquema que foi solto no final de novembro, depois de ter passado sete meses preso.


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